VÍTOR BAÍA Nome: Vítor Manuel Martins Baía | |
Depois do Euro 96, num tempo em que também era o indiscutível dono das balizas da Selecção Nacional, Vítor Baía seguiu para Barcelona, atraído pela grandeza do clube catalão e pelos milhões com que lhe acenavam: foi o guarda-redes mais caro da história do futebol mundial. A relação com o Barca foi de amor-ódio. Na primeira época, com Bobby Robson, que já o havia treinado no FC Porto, Vítor Baía foi grande. Não ganhou o título espanhol, mas foi vencedor da Taça das Taças com uma equipa na qual jogavam, igualmente, Fernando Couto e Luís Figo. Depois, com a chegada do holandês Van Gaal, a sua estrela apagou-se. Baía deixou de ser utilizado e o seu estatuto de guarda-redes mais caro do mundo jogou então contra si. Regressaria ao FC Porto a meio da época de 1988-89 para começar uma nova vida. E que vida! Voltou a ser campeão, venceu a Taça UEFA e a Liga dos Campeões, tornou-se num dos jogadores portugueses mais titulados de sempre. 80 jogos cumpriu Vítor Baía com a camisola da Selecção Nacional. Desde que se estreou, em Dezembro de 1990, na Maia, contra os Estados Unidos, ganhou a aura de indiscutível. Mantê-la-ia por muitos anos até que os problemas que viveu em Barcelona começaram a reflectir-se também na equipa das quinas. Uma lesão complicada no joelho foi e veio. Durante a fase final do Euro 2000 foi um dos esteios da equipa. Nos quartos-de-final, contra a Turquia, com o resultado em 1-0 para Portugal, defendeu um «penalty» que pode ter sido decisivo para a presença na célebre meia-final contra a França. Aí já não conseguiu repetir a proeza e deter o remate de Zidane que afastaria a Selecção Nacional da ambicionada final, no último minuto do prolongamento. O apuramento para o Mundial 2002 trouxe-lhe novas amarguras. A lesão manteve-o fora dos jogos preliminares e chegou ao Oriente com um mundo de dúvidas pairando sobre a sua cabeça. António Oliveira, o seleccionador, apostou nele para a fase final do torneio. Portugal saiu pela porta pequena, mas Vítor Baía não foi o culpado. Mas, a partir daí, primeiro com Agostinho Oliveira e, mais tarde, com Luiz Felipe Scolari deixou de fazer parte das opções técnicas. |