quinta-feira, setembro 23, 2010

Um treinador novo com muita história

Ser treinador de futebol aos 32 anos não é para qualquer um. Ser treinador de um grande clube aos 32 anos é ainda menos provável. Ser treinador principal do FC Porto, lutar pelo título português e começar uma temporada com nove vitórias consecutivas parece impossível para quem tem apenas 32 anos. Mas não é. André Villas-Boas é o novo rosto do Dragão e está a justificar plenamente a enorme fé e confiança que dois grandes nomes do futebol mundial tiveram nele.

O FC Porto é líder isolado da Liga ZON Sagres. São cinco vitórias consecutivas no campeonato sob o leme do novo treinador, às quais se juntam a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao campeão nacional Benfica, e mais três triunfos na UEFA Europa League. Um pleno de sucessos na primeira grande aventura de André Villas-Boas como treinador principal, um primeiro desfecho para uma história recheada de improbabilidades e coincidências felizes.

O percurso de Villas-Boas no futebol começou em 1994, quando tinha apenas 16 anos. Não como um jogador predestinado a ser um estrela, já que era apenas um jovem que adorava futebol, que queria tirar um curso de educação física e sonhava vir a estar, um dia, envolvido no desporto do qual tanto gostava. E o destino deu uma ajuda.

Sir Bobby Robson era, por essa altura, o treinador do FC Porto – clube com o qual conquistou dois títulos portugueses – e da equipa técnica do inglês fazia parte, como tradutor, um tal de José Mourinho. Robson não demorou a entusiasmar todos os adeptos portistas, mas havia um que não estava totalmente de acordo com as opções do técnico inglês.

Habituado a vibrar, durante muitos anos, com os golos do avançado Domingos – actual treinador do Braga -, André Villas-Boas não percebia como é que o ponta-de-lança passava tanto tempo no banco de suplentes. Foi quando deu o passo que mudou a sua vida. Aproveitando o facto de viver no mesmo prédio do treinador britânico e demasiado tímido para o abordar directamente, Villas-Boas decidiu escrever uma carta a explicar as razões do seu descontentamento e colocá-la na caixa de correio de Robson.

E o antigo seleccionador inglês gostou do que leu, já que, alguns dias depois, falou com o miúdo André e desafiou-o a começar a recolher dados estatísticos dos jogos do FC Porto para comprovar as suas teorias sobre Domingos. E os relatórios elaborados por Villas-Boas eram tão completos que Robson o convidou a estagiar nas equipas técnicas das camadas jovens do clube portista, além de convencer a começar a tirar o curso de treinador de futebol.

Dois anos depois, Bobby Robson e José Mourinho rumaram ao FC Barcelona, mas Villas-Boas continuou a trabalhar nos escalões de formação do FC Porto onde, em 2002, voltaria a encontrar José Mourinho.

Ainda não era o Special One, mas Mourinho dava os primeiros passos rumo ao estrelato e contava com Villas-Boas para lhe dar uma mãozinha. Responsável pela observação dos adversários, viveu de perto as vitórias na Taça UEFA (2003) e na Liga dos Campeões (2004), mantendo-se nas equipas técnicas de Mourinho durante as passagens pelo Chelsea e Inter de Milão.

Mas Villas-Boas queria mais e, em Outubro de 2009, tornou-se treinador principal da Académica, mantendo a equipa de Coimbra no principal escalão do futebol português e, mais importante do que isso, colocando os estudantes a jogar um futebol atractivo.

Despertou o interesse do Sporting e do FC Porto, acabando por rumar ao Dragão onde procura, agora, seguir os passos dos seus dois grandes mentores. Tanto Bobby Robson, falecido em 2009, como José Mourinho foram bicampeões no FC Porto, uma coincidência que André Villas-Boas não se importaria, certamente, de repetir, mas com um estilo muito próprio.

É que, enquanto grande parte dos treinadores tem como objectivo treinar nas grandes ligas europeias, o treinador portista pensa noutras paragens para o seu futuro. “Gostava de treinar na Argentina, no Chile e no Japão”, disse, recentemente, André Villas-Boas. Mas esses objectivos ficam para mais tarde. Agora, é tempo de procurar manter o registo 100 por cento vitorioso no FC Porto e, quem sabe, igualar os títulos obtidos pelos dois mestres na Cidade Invicta.

quarta-feira, setembro 22, 2010

André Villas-Boas perto de superar marca de Robson

Cinco triunfos a abrir a Liga. André Villas-Boas iguala Bobby Robson em arranques de campeonatos e pode superar o mestre inglês se o F. C. Porto vencer o Olhanense. Em 1994/95 o dragão, orientado pelo técnico inglês, foi travado pelo Benfica à sexta jornada.

Quando foi apresentado como treinador do F. C. Porto, André Villas-Boas disse que era mais clone de Bobby Robson do que de José Mourinho, porque tinha ascendência inglesa, nariz grande e gostava de beber vinho. Ambos marcaram o técnico: o primeiro abriu-lhe as portas do futebol; o segundo acompanhou-o no processo de crescimento e de maturação. Mas Villas-Boas está muito perto de fazer história pelo seu próprio pulso se vencer o Olhanense (sábado, 21.15 horas, Sport TV1), no Dragão. Garante seis triunfos consecutivos a abrir o campeonato, aquilo que os dois mestres não conseguiram ao serviço dos azuis e brancos.

Em 1994/95, Bobby Robson deixou a concorrência em estado de alerta, ao levar o F. C. Porto a cinco vitórias seguidas no arranque da Liga. Mas ao sexto jogo, a equipa empatou no terreno do rival Benfica, na altura o campeão nacional em título. Esteve a vencer por 1-0, com um golo de Iuran, mas o brasileiro Isaías fixou o resultado final. À quinta jornada, os dragões tinham um ponto de vantagem sobre o Sporting e três sobre o Benfica, mas as vitórias ainda valiam dois pontos.

Na temporada seguinte, em 1995/96, o treinador inglês conduziu o F. C. Porto a quatro triunfos consecutivos no arranque da prova, mas depois empatou no terreno do Felgueiras, a um golo. Foi um resultado inesperado, tratando-se de uma adversário que se estreava no principal escalão do futebol português, mas tinha como treinador Jorge Jesus. Nessa altura, os dragões gozavam de dois pontos de vantagem sobre o Benfica e três sobre o Sporting. Agora, o fosso é maior: nove em relação aos encarnados e oito sobre os leões.

André Villas-Boas também já ultrapassou José Mourinho, pois o Special One nunca ganhou cinco jogos seguidos no início do campeonato português. Em 2002/03 foi travado pelo Belenenses (1-1), na primeira jornada, e na temporada seguinte alcançaria o mesmo resultado no terreno do Estrela da Amadora.

Siska com 13, Jesualdo com oito

Na última década, o melhor arranque do F. C. Porto na prova foi garantido pela mão de Jesualdo Ferreira. O treinador alcançou oito triunfos consecutivos antes de encalhar, em casa, com o Belenenses (1-1). Mas o melhor registo da história do clube pertence a Miguel Siska, que em 1939/40 orientou o dragão à impressionante marca de 13 vitórias consecutivas no início do campeonato.

domingo, setembro 19, 2010

Palmarés FCP

PALMARÉS

COMPETIÇÃOÉPOCA

Liga dos Campeões
1986/87, 2003/04


Taça UEFA

2002/03

Taça Intercontinental
1987/88, 2004/05

Supertaça Europeia
1986/87
Campeonato de Portugal1921/22, 1924/25, 1931/32, 1936/37

Campeonato da 1ª Divisão
1934/35, 1938/39, 1939/40, 1955/56, 1958/59, 1977/78, 1978/79, 1984/85, 1985/86, 1987/88, 1989/90, 1991/92, 1992/93, 1994/95, 1995/96, 1996/97, 1997/98, 1998/99, 2002/03, 2003/04, 2005/06, 2006/07, 2007/08, 2008/09

Taça de Portugal
1955/56, 1957/58, 1967/68, 1976/77, 1983/84, 1987/88, 1990/91, 1993/94, 1997/98, 1999/00, 2000/01, 2002/03, 2005/06, 2008/09, 2009/2010

Supertaça
1980/81, 1982/83, 1983/84, 1985/86, 1989/90, 1990/91, 1992/93, 1993/94, 1995/96, 1997/98, 1998/99, 2000/01, 2002/03, 2003/04, 2005/06, 2008/09, 2009/10

sábado, setembro 18, 2010

Ranking UEFA: qual o clube português que contribuiu mais nos últimos anos?

2006/07
Total: 48,500 pontos a dividir por 6 equipas (8.083)
Benfica= 17,5 (2,917)
F.C. Porto= 13 (2,167)
Sp. Braga= 10 (1,667)
Sporting= 7 (1,166)
V. Setúbal= 1 (0,166)
Nacional= 0

2007/08
Total: 55,500 pontos a dividir por 7 equipas (7.928)
Sporting=17 (2,428)
F.C. Porto=14 (2,000)
Benfica=13 (1,857)
Sp. Braga=7 (1,000)
U. Leiria=3,5 (0.500)
P. Ferreira=1 (0,143)
Belenenses=0 (0)

2008/09
Total: 47,500 pontos a dividir por 7 equipas (6.785)
F.C. Porto=16 (2,285)
Sp. Braga=14 (2,000)
Sporting=12 (1,714)
Benfica=3 (0,429)
V. Guimarães=1,5 (0,214)
V. Setúbal=1 (0,143)
Marítimo=0 (0)

2009/10
Total: 60 pontos a dividir por 6 equipas (10.000)
Benfica=20 (3,333)
F.C. Porto=19 (3,167)
Sporting=14 (2,333)
Nacional=5,5 (0,916)
P. Ferreira=1,5 (0,250)
Sp. Braga=0 (0)

2010/11
Total*: 26 pontos a dividir por 5 equipas (5.200)
Sp. Braga=7 (1,400)
Benfica= 6 (1,200)
Sporting=5 (1,000)
F.C. Porto=4 (0,800)
Marítimo=4 (0,800)

*Em actualização
Total dos últimos cinco anos: 37.996

Contributo total nos últimos cinco anos:
F.C. Porto: 10,419 (27,4%)
Benfica: 9,736 (25,6%)
Sporting: 8,641 (22,7%)
Sp. Braga: 6,067 (16,0%)
Nacional: 0,916 (2,4%)
Marítimo: 0,800 (2,1%)
U. Leiria: 0,500 (1,3%)
P. Ferreira: 0,393 (1,0%)
V. Setúbal: 0,309 (0,8%)
V. Guimarães: 0,214 (0,6%)

Sistema de cálculo da UEFA:
São consideradas as últimas cinco temporadas. Para cada uma, considera-se o total de pontos conseguidos pelas equipas (2 por vitória, 1 por empate, metade destes valores nas pré-eliminatórias), dividido pelo total de equipas desse país que participam nas competições europeias do ano em causa.
A isto há que acrescentar cinco pontos de bónus por cada presença nos oitavos-de-final da Champions e, depois, nas duas provas, um ponto pelos quartos-de-final, meias-finais e outro ainda pela chegada à final. O acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões rende quatro pontos de bónus.
O ranking actual determina a distribuição das equipas nas provas europeias em 2012/13. Em 2011/12, Portugal terá cinco presenças: duas na Liga dos Campeões e três na Liga Europa.

quarta-feira, setembro 15, 2010

LFV deve achar que para os lados da luz só há santos e beatos


Foto nº 1, em baixo da esquerda para a direita: instrumentos utilizados pelos bem corportadinhos adeptos encarnados

Foto nº 2, autocarro que transportou a claque do F.C.Porto a Lisboa, para um jogo de Hóquei em Patins, no pavilhão da Luz, incendiado...

Fotos nº 3 e nº 4, adepto do Benfica, em pleno estádio da Luz, invade o campo e agride o árbitro auxiliar...

Fotos nº5 e nº 6, carro do Presidente Pinto da Costa e camioneta do F.C.Porto, apedrejados quando da visita ao Estoril.

Foto nº 8, local do Estádio do Jamor, em Oeiras, onde um adepto do Sporting morreu atingido por um very light, vindo do lado dos adeptos do Benfica, num jogo entre leões e águias...


Duas notas finais: faltam-me imagens das agressões, bárbaras, à equipa de Hóquei em Patins do F.C.Porto, depois de um jogo disputado no Pavilhão da Luz e que só por milagre não resultou na morte do capitão portista, Filipe Santos.

David Luiz: «Golo em fora-de-jogo ao Braga foi o mais marcante». Ora aí está, belo exemplo de desportivismo...


Que animal tão feroz!!!!!!

Raúl Meireles


Raul Meireles afirma que foi difícil deixar o FC Porto.

O futebolista internacional português Raul Meireles admitiu hoje que foi complicado deixar o FC Porto para assinar pelo Liverpool.