domingo, maio 13, 2012


Mais uma luz para os Dragões


A superioridade total do FC Porto Vitalis no andebol nacional voltou a sentir-se na tarde deste sábado, em que os portistas venceram no terreno do Benfica por 27-28. Após o triunfo neste encontro da nona e penúltima jornada do Andebol 1, o FC Porto tem apenas que receber o Sporting, na última festa da temporada; se não perder, completa a fase final com um registo invicto.

A primeira parte foi totalmente dominada pelos Dragões, que exibiram toda a sua classe num Pavilhão da Luz bastante despido. O FC Porto vencia por 4-6 aos oito minutos, 6-11 aos 14, 10-16 aos 20 e 11-19 aos 25. Ao intervalo, a vantagem azul e branca era de sete tentos (13-20).

Os Dragões apresentaram eficácias superiores em quase todos os capítulos, nomeadamente na primeira linha (50% contra 38%) e segunda linha (100% contra 57%), mas sobretudo no contra-ataque: cinco golos em seis lances, contra nenhum do Benfica.

Na segunda parte, assistiu-se a uma reacção dos lisboetas, que defenderam melhor, enquanto o FC Porto não foi capaz de manter o mesmo ritmo avassalador. O treinador Obradovic aproveitou ainda para rodar alguns jogadores, entrando em campo Elias Nogueira e Alfredo Quintana, que foi o dono da baliza durante quase todo o segundo tempo, rubricando uma excelente exibição.

A seis minutos do fim, o Benfica chegou ao empate (25-25), mas o FC Porto reagiu da melhor maneira, com tentos de Gilberto Duarte e Filipe Mota. Na última posse de bola do desafio, com apenas um golo de vantagem, os portistas permitiram ao adversário um último ataque, que deu origem a um livre de sete metros. David Tavares atirou à barra e os Dragões garantiram a vitória, que dificulta a luta dos lisboetas pelo segundo lugar, objectivo de que poderão ficar arredados pelo terceiro ano consecutivo.

Os comentadores da RTP, que não se coibiram de assumir aos microfones da televisão pública a sua preferência pela formação da casa, previram um empate, mas as contas saíram furadas. Apesar da quebra na segunda parte, os tetracampeões nacionais mostraram mais uma vez a razão de tantos títulos.

O FC Porto Vitalis, comandado por Ljubomir Obradovic, alinhou e marcou: Hugo Laurentino (g.r.) e Alfredo Quintana (g.r.); Gilberto Duarte (5), Tiago Rocha (6), Ricardo Moreira (cap., 5), Wilson Davyes (2), Dario Andrade (2), Pedro Spínola (5), Filipe Mota (3), Daymaro Salina e Elias Nogueira.

O último duelo dos bicampeões nacionais





Os números estão fechados: 30 jogos, com 23 vitórias, seis empates e apenas uma derrota. 68 golos marcados e 19 sofridos, o que corresponde às melhores defesas e ataque da Liga. O FC Porto terminou este sábado a prova com uma goleada no terreno do Rio Ave, por 2-5. Foi o quinto triunfo consecutivo, no melhor ciclo da época. Kléber, com um “hat-trick” em 45 minutos, foi a estrela da tarde.

Não se pode dizer que tenha sido uma partida disputada a um ritmo muito elevado, mas o espírito de vitória que está no ADN dos Dragões impeliu-os para um bom jogo. Não sendo um decisivo para as contas da Liga, importava vencer para não “manchar” a festa na Baixa do Porto e um título conquistado com apenas uma derrota, em circunstâncias muito peculiares, no terreno do Gil Vicente.

Com um “onze” diferente do habitual, em que se destacou Bracali (o guarda-redes tornou-se assim também campeão), o FC Porto não deixou de ter uma entrada determinada em campo. Tal facto pode ser exemplificado logo pelo lance inaugural: Djalma procurou assistir Kléber, mas o brasileiro chegou ligeirament
e atrasado ao lance. Aos 13 minutos, foi Djalma a receber um passe primoroso de James, e aí o angolano não perdoou. O remate rasteiro passou por baixo das pernas de Huanderson e valeu o 0-1.

Apenas quatro minutos depois, chegou o segundo golo: trabalho de Varela na esquerda e assistência com a parte de fora do pé para James, que encostou para a baliza forasteira. Djalma revelava-se particularmente interventivo e, aos 34 minutos, serviu Kléber, que atirou contra o guarda-redes vila-condense.

Quando pouco o fazia prever, ainda antes do intervalo, o Rio Ave reduziu, através de um penálti convertido por João Tomás, após suposta falta de Djalma. O toque do extremo portista é difícil de descortinar, mas há um fora de jogo claríssimo que permitiu ao português surgir em posição perigosa. Portanto, a grande penalidade nunca deveria ter sido assinalada.

O arranque do segundo tempo é marcado pelas actuações de Varela e Kléber, que construíram, quase a meias, o 1-3, aos 50 minutos. O português ganhou a bola a meio campo e serviu Kléber, que se desembaraçou de um adversário e atirou sem dúvidas para a baliza do Rio Ave. Minutos antes, o brasileiro já tinha acertado em Huanderson, quando estava isolado.

Hulk entrou em campo aos 65 minutos, para o lugar de Varela, um minuto antes de Christian fazer o 2-3, na sequência de um contra-ataque que apanhou a defesa portista desprevenida. O tento nunca pareceu pôr em perigo a vitória azul e branca, até porque, apenas 10 minutos depois, Kléber fez o 2-
4. Depois de um livre marcado na esquerda, a bola parecia perdida mas Rolando insistiu e não a deixou cruzar a linha de fundo. Kléber aproveitou, dominou a bola e “encheu” o pé.

Para final de festa, faltava a entrada do jovem Kadú, mais um campeão, e um “toque” de Hulk. O “Incrível” assistiu Kléber para um remate cruzado que valeu o 2-5 e o “hat-trick” de um atacante que passou por dificuldades ao longo da época, mas cujo futuro é promissor. Siga a festa na Baixa.

FICHA DE JOGO

Rio Ave-FC Porto, 2-5
Liga portuguesa, 30.ª jornada
12 de Maio de 2012
Estádio dos Arcos, em Vila do Conde

Árbitro: Jorge Ferreira (Braga)
Assistentes: Pedro Ferreira e Nélson Moniz
Quarto árbitro: Jorge Tavares

RIO AVE: Huanderson; Sony, Gaspar, Jeferson e André Dias; Bruno China, Vítor Gomes e Tarantini; Christian, João Tomás e Kelvin
Substituições: Vítor Gomes por Braga (41m), Bruno China por André Vilas Boas (65m) e João Tomás por Yazalde (81m) 
Não utilizados: Paulo Santos, Jorginho, Éder e Mendes
Treinador: Carlos Brito

FC PORTO: Bracali; Danilo, Rolando, Mangala e Alvaro Pereira; Defour, Moutinho e James; Djalma, Kléber e Varela
Substituições: James por Iturbe (46m), Varela por Hulk (65m) e Bracali por Kadú (82m)
Não utilizados: Maicon, Alex Sandro, Lucho e Janko
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-2
Marcadores: Djalma (13m), James (17m), João Tomás (42m, pen.), Kléber (50m, 75m e 90m+1) e Christian (66m)
Cartões amarelos: Djalma (41m), João Tomás (42m) e Christian (74m)