quinta-feira, agosto 24, 2006

14 - Liga dos Campeões 2006/07











  • Historial da Taça dos Clubes Campeões Europeus/ Liga dos Campeões


Vencedores:

2006 Barcelona
2005 Liverpool
2004 Porto
2003 Milan
2002 Real Madrid
2001 Bayern
2000 Real Madrid
1999 Man. United
1998 Real Madrid
1997 Dortmund
1996 Juventus
1995 Ajax
1994 Milan
1993 Marselha
1992 Barcelona
1991 Est. Vermelha
1990 Milan
1989 Milan
1988 PSV
1987 Porto
1986 Steaua
1985 Juventus
1984 Liverpool
1983 Hamburg
1982 Aston Villa
1981 Liverpool
1980 Notts Forest
1979 Notts Forest
1978 Liverpool
1977 Liverpool
1976 Bayern
1975 Bayern
1974 Bayern
1973 Ajax
1972 Ajax
1971 Ajax
1970 Feyenoord
1969 Milan
1968 Man. United
1967 Celtic
1966 Real Madrid
1965 Internazionale
1964 Internazionale
1963 Milan
1962 Benfica
1961 Benfica
1960 Real Madrid
1959 Real Madrid
1958 Real Madrid
1957 Real Madrid

1956 Real Madrid


  • Vitórias por países:


Espanha-11
Itália-10
Inglaterra-10
Alemanha-6
Holanda-6
Portugal-4
França-1
Roménia-1
Escócia-1
Jugoslávia-1

  • Liga dos Campeões 2006/07

Oitavos de Final:


FC Porto - Chelsea

CHELSEA:

PLANTEL:
GUARDA-REDES
1 Petr Cech
22 Magnus Hedman
23 Carlo Cudicini
40 Hilário
41 Kalambay
DEFESA
3 Ashley Cole
6 Ricardo Carvalho
9 Khalid Boulahrouz
14 Geremi
18 Wayne Bridge
20 Paulo Ferreira
26 John Terry
33 Nuno Morais
MÉDIO
4 Claude Makelele
5 Michael Essien
8 Frank Lampard
10 Joe Cole
12 John Mikel
13 Michael Ballack
19 Diarra
AVANÇADO
7 Shevchenko
11 Drogba
16 Arjen Robben
21 Salomon Kalou
24 Wright-Phillips
47 Ben Sahar

EQUIPA TÉCNICA
José Mourinho-Treinador
Baltemar Brito-Treinador Adjunto
Silvino Louro-Treinador Guarda Redes
Rui Faria-Preparador Físico

RESTANTES JOGOS 1/8 FINAL
Barcelona-Liverpool;
Inter de Milão-Valência;
PSV Eindhoven-Arsenal;
Roma-Lyon;
Real Madrid-Bayern de Munique;
Celtic-Milão;
Lille-Manchester United.

FASE DE GRUPOS: GRUPO G


Arsenal FC
FC Porto
CSKA Moscovo
Hamburgo SV




  • Arsenal




Plantel:



1. Jens Lehmann
2. Abou Diaby
4. Francesc Fabregas
5. Kolo Toure
6. Philippe Senderos
7. Tomas Rosicky
8. Fredrik Ljungberg
9. Julio Baptista
10. William Gallas
11. Robin Van Persie
12. Lauren
13. Alexander Hleb
14. Thierry Henry
15. Denilson
16. Mathieu Flamini
17. Alexandre Song
19. Gilberto
20. Johan Djourou
21. Mart Poom
22. Gael Clichy
24. Manuel Almunia
25. Emmanuel Adebayor
27. Emmanuel Eboue
29. Sebastian Larsson
30. Jeremie Aliadiere
31. Justin Hoyte
32. Theo Walcott
33. Nicklas Bendtner
34. Matthew Connolly
38. Kerrea Gilbert
41. Arturo Lupoli
44. Fabrice Muamba
45. Anthony Stokes
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Treinador:

Arsène Wenger






  • CSKA Moscovo




Plantel:



Akinfeev I.-35
Gabulov V.-77
Mandrykin V.-1
Berezutski A.-6
Berezutski V.-24
Grigoriev A.-50
Ignashevich S.-4
Odiah C.-15
Taranov I.-39
Semberas D.-2
Aldonin E.-22
Gusev R.-8
Dudu-20
Zhirkov Y.-18
Carvalho D.-7
Kochubei K.-37
Krasic M.-17
Rahimic E.-25
Tatarchuk V.-56
Vagner S.-11
Jo-10
Olic I.-9
Salugin A.-40
-
Treinador:

Gazzaev Valery Georgievich






  • HSV Hamburgo




Plantel:



T. Atouba-3
C. Benjamin-28
B. Berisha-22
G. Demel-20
P. Guerrero-9
N. de Jong-28
M. Fillinger-13
O. Hampel-
D. Jarolim-14
M. Karl-8
S. Kirschstein-12
R. Klingbeil-16
V. Kompany-10
A. Laas-27
B. Lauth-11
D. Ljuboja-38
M. Mahdavikia-7
J. Mathijsen-5
B. Reinhardt-4
B. Sanogo-17
J. P. Sorin-2
P. Trochowski-15
R. van der Vaart-23
S. Wächter-29
R. Wicky-6
-
Treinador:

Thomas Doll





  • Jogos:
  • 1ª Jornada- Antevisão:


Porto-CSKA Moskovo

FC Porto confia na experiência
O FC Porto e o PFC CSKA Moskva têm estado em destaque na Europa em anos recentes, mas tendo vencido a UEFA Champions League e a Taça UEFA, a equipa portista espera retirar dividendos da experiência adquirida quando iniciar a 12ª participação na prova diante do clube russo.
• Desde que conquistou o principal troféu europeu há três épocas, vencendo o AS Monaco FC por 3-0, o FC Porto teve duas campanhas discretas na tentativa de repetir esse êxito. Primeiro viu-se afastado da prova nos oitavos-de-final e na época passada quedou-se no último posto do seu grupo, com apenas uma vitória e dois empates em seis partidas.
• Esta será apenas a segunda vez que o FC Porto defronta uma equipa russa nas competições europeias, mas ao menos o adversário é familiar. Na defesa do título conquistado em 2004/05, a equipa portuguesa fez parte do mesmo grupo do CSKA, tendo empatado sem golos no primeiro jogo, em casa, e vencido por 1-0 em Moscovo, graças a um tento solitário de Benni McCarthy.
• O FC Porto, que venceu a Taça dos Clubes Campeões Europeus em 1986/87, também empatou na primeira partida da UEFA Champions League em 2003/04, ao passo que na época passada iniciou a campanha com uma derrota, perdendo com o Rangers FC numa emocionante partida na qual se marcaram cinco golos. Os comandados de Jesualdo Ferreira esperam conseguir estrear-se a vencer na prova pela primeira vez desde a época 2001/02.
• Depois de uma época de ausência, o CSKA, orientado por Valeri Gazzaev, regressa ao maior palco europeu pela terceira vez, num grupo que também inclui o Hamburger SV e o Arsenal FC.
• Na sua primeira participação, em 1992/93, o CSKA derrotou o campeão FC Barcelona, tendo passado as duas primeiras rondas antes de ter ficado em último lugar do seu grupo, sem qualquer vitória.
• Há dois anos iniciou a campanha com um empate em casa do FC Porto e venceu de seguida o Paris Saint-Germain FC, em Moscovo, por 2-0. Seguiram-se três derrotas consecutivas, e apesar de ter vencido o último jogo do grupo em Paris, não conseguiu ficar nos dois primeiros lugares que davam acesso à fase seguinte.
• A terceira posição, no entanto, acabou por se revelar compensadora, uma vez que os moscovitas passaram à Taça UEFA e jogariam a final de Lisboa. Aí chegados, contrariaram o favoritismo do Sporting, que actuava em casa, e venceram por 3-1, dando o primeiro troféu europeu a um clube russo.• Nessa época, o CSKA enfrentou os três grandes portugueses nas competições europeias, pois na caminhada para o triunfo na Taça UEFA encontrou o Benfica na terceira ronda, vencendo em casa por 2-0 e empatando a uma bola em Lisboa.
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Hamburg-Arsenal

Arsenal apadrinha regresso do Hamburgo
O Hamburger SV participa na fase de grupos da UEFA Champions League apenas pela segunda vez, mas o sorteio não o poupou a um regresso aparentemente complicado, uma vez que o seu estádio abre as portas ao finalista vencido da edição da época passada, o Arsenal FC.
• O último confronto do Hamburgo com uma formação inglesa na Taça dos Campeões Europeus aconteceu na final da época 1979/80. Os germânicos mediram forças com o Nottingham Forest FC no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, e foram derrotados por 1-0.
• O vencedor da edição de 1982/83 da Taça dos Campeões, que afastou o CA Osasuna na terceira pré-eliminatória, também perdeu com o Liverpool FC na decisão da SuperTaça Europeia de 1977/78 - depois de ter vencido a Taça das Taças na temporada anterior -, empatando a um golo no Volksparkstadion e sofrendo copiosa derrota, por 6-0, em Anfield Road.
• A produção do Hamburgo foi bem melhor nos restantes dois duelos com formações inglesas. No primeiro, na época 1960/61, teve como adversário o Burnley FC, nos quartos-de-final da Taça dos Campeões. A equipa germânica recuperou de uma desvantagem de 3-1, averbada no encontro da primeira mão, e venceu o segundo jogo por 4-1, com contributo especial de Uwe Seeler, autor de dois golos.
• Um quarto de século volvido, na primeira eliminatória da edição 1984/85 da Taça UEFA, o Hamburgo eliminou o Southampton FC, vencendo, por 2-0, na Alemanha, depois de ter empatado, sem golos, na deslocação ao Reino Unido.
• Na última participação na UEFA Champions League, na época 2000/01, os germânicos empataram o seu jogo de abertura diante da Juventus, numa extraordinária partida que terminou com o marcador em 4-4. No entanto, os dois empates e outras tantas derrotas averbados nos jogos que se seguiram atiraram a equipa para o terceiro lugar no grupo.
• A derrota com o Barcelona no Stade de France, na espectacular final de 17 de Maio passado, foi o único desaire do Arsenal em 13 jogos disputados na edição do ano passado da UEFA Champions League. O golo que abriu caminho à vitória dos catalães, assinado por Samuel Eto'o, foi o primeiro encaixado pelo conjunto inglês em 11 jogos, quebrando uma série de 995 minutos sem sofrer qualquer tento. Ao manter as redes invictas durante 11 encontros, o Arsenal estabeleceu um novo recorde na competição.
• O internacional gaulês Thierry Henry foi, com cinco golos, o melhor marcador dos "gunners" na competição, sendo que o seu próximo tento será o 50.º nas competições europeias.
• Na nona campanha consecutiva na UEFA Champions League, a formação de Arsène Wenger tentará melhorar um registo em solo germânico que não é, propriamente, animador. Nas últimas cinco visitas à Alemanha, O Arsenal intercalou duas séries de duas derrotas com um empate. O último triunfo dos londrinos na Alemanha surgiu na época 1999/00, nos quartos-de-final da Taça UEFA, na visita ao Werder Bremen. Esta foi apenas a segunda vitória da equipa da capital inglesa em nove incursões na Alemanha, curiosamente com Henry a inscrever o seu nome na lista de marcadores (4-2).
• Na caminhada rumo à final da época passada, o Arsenal conseguiu, pela primeira vez, passar os quartos-de-final à oitava tentativa. Os londrinos estiveram muito perto de inscrever o seu nome na restrita lista de equipas que terminaram a fase de grupos apenas com vitórias, mas o AFC Ajax conseguiu impedir o feito. Esta é a primeira vez em cinco épocas que o clube inglês inicia a participação na prova com uma partida fora de casa.





  • 1ª Jornada- Resultados:


FC Porto-CSKA, 0-0




Estádio do Dragão

Relvado excelente
37 123 espectadores
Árbitros:Tom Ovebro [Noruega]
Geir Age Holen + Erik Reastad
Per Ivar Staberg

FC Porto
Treinador Jesualdo Ferreira
1 Helton GR
12 Bosingwa LD 3 Pepe DC 14 Bruno Alves DC 15 Ezequias LE
18 Paulo Assunção MD 8 Lucho MO 10 Anderson MO
11 Tarik AD a 46’ 28 Adriano AV a 71’ 7 Quaresma AE a 61’
Suplentes
99 Vítor Baía GR
2 Ricardo Costa DC 13 Fucile LD
20 Jorginho MO 21 Alan AE a 61’
9 Lisandro Lopez AV a 71’ 23 Postiga AV a 46’
CSKA
Treinador Valery Gazzaev
35 Akinfeev GR 17 Krasic LD 4 Ignashevich DC 2 Semberas DC 6 Aleksei Berezutski DC 18 Zhirkov LE
25 Rahimic MD 22 Aldonin MD
20 Dudu Cearense AD a 87’ 11 Vagner Love AV a 76’ 7 Daniel Carvalho AE a 90+4’
Suplentes
1 Mandrykin GR
39 Taranov LD 24 Vassili Berezutski DC a 87’ 50 Grigoriev DC 57 Gorelov DC
8 Gusev MD a 90+4’
9 Olic AV a 76’

Só Anderson subiu a montanha russa

Afinal, as coisas não mudaram tanto nos últimos dois anos como Valery Gazzaev quis dar a entender na conferência de Imprensa que antecedeu o jogo de ontem. Afinal, o CSKA voltou a ficar satisfeito com o empate e raramente procurou mais do que isso, oferecendo pacificamente a iniciativa do jogo ao FC Porto. E o FC Porto pegou nela. Ou, para ser mais específico, Anderson pegou nela enquanto o resto da equipa ficava a ver, quase tão hipnotizada pelo médio brasileiro como o público ou os adversários ou, já agora, os jornalistas, que também não somos imunes a estas coisas. Infelizmente para o FC Porto, Anderson ainda não tem arcaboiço para carregar a equipa inteira às costas, especialmente quando tem que arrastar dois ou três adversários pelo caminho. E como o brasileiro ou esteve sozinho ou mal acompanhado no ataque, o jogo acabou como começou, empatado a zero, emaranhado a zero na defesa russa.
O CSKA é uma equipa simples. Tem um bom guarda-redes e sete marmanjos à frente dele cuja prioridade é demolir o futebol ofensivo dos adversários. Lá na frente, embora com um pé atrás, há um trio de brasileiros com a responsabilidade de dar cor à máquina de demolição que lhes guarda as costas.
Ora, foi contra essa máquina de demolição que o FC Porto esbarrou, incapaz de encontrar alternativas a Anderson para incomodar Akinfeev. Apesar de Paulo Assunção ter feito esquecer a falta de Raul Meireles, os cruzamentos de Quaresma não existiram e Tarik foi quase invisível, aparecendo a espaços, cirurgicamente, para fazer asneira. Adriano foi definhando lá na frente, acabando também ele por desperdiçar as três oportunidades de que dispôs para marcar na primeira parte. Não teve mais. Jesualdo ainda tentou Postiga e Lisandro e até Alan na segunda parte, mas continuou a ser Anderson o único com fôlego para escalar a montanha russa. Ficou a milímetros do cume.
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Hamburgo-Arsenal, 1-2




  • 2ª Jornada- Antevisão:


Arsenal-Porto

Arsenal quer brilhar na nova casa
O Arsenal FC disputa o primeiro encontro europeu na sua nova casa, no norte de Londres, depois de ter garantido três pontos na primeira jornada, diante dos alemães do Hamburger SV. Esta foi a primeira vez que o clube inglês iniciou uma campanha na UEFA Champions League fora de portas, facto que não impediu os comandados de Arsène Wenger de mostrarem ambição para fazer ainda melhor do que na época passada. Por isso, é com o moral elevado e à procura do segundo triunfo que os londrinos recebem o FC Porto.
Triunfo em Hamburgo

• O jogo do Grupo G no Arena Hamburg, há duas semanas, constituiu uma bela estreia para o antigo médio do BV Borussia Dortmund, Tomáš Rosický, autor do golo decisivo na vitória por 2-1 no seu regresso à Alemanha, com um remate de belo efeito. A equipa treinada por Wenger espera agora mais do mesmo no novo recinto, tendo-se despedido do mítico Highbury após 93 anos e 22 campanhas no futebol europeu.
• Os “gunners” só por uma vez tiveram um adversário português nas competições europeias e não guardam boas recordações dessa ocasião, pois mediram forças com o Benfica na segunda eliminatória da Taças dos Clubes Campeões Europeus de 1991/92, acabando por perder em Londres, no prolongamento, por um total de 4-2, depois de ambas as mãos terem terminado empatadas a uma bola.
Registo notável

• Depois da derrota em casa frente ao Chelsea FC, em 2003/04, na segunda mão dos quartos-de-final, o Arsenal disputou dez jogos na prova em Highbury sem sofrer qualquer golo, tendo vencido sete e empatado três.
• O tento marcado por Boubacar Sanogo, do Hamburgo, foi o primeiro sofrido por Jens Lehmann na UEFA Champions League em 853 minutos. Nos jogos desta competição disputados em casa, Lehmann não sofre golos dos jogadores adversários há seis partidas, precisamente desde o desaire com o Chelsea. A única vez que se viu batido nesse período aconteceu num autogolo do companheiro de equipa Pascal Cygan, frente ao Panathinaikos FC, na segunda jornada da campanha de 2004/05.
Malapata inglesa

• Por seu lado, o FC Porto tentará estrear-se a marcar na competição deste ano, após o empate a zero na primeira jornada com o PFC CSKA Moskva. Uma vitória no norte de Londres seria a primeira fora de casa conseguida pelos portistas diante um adversário inglês. Nas sete visitas anteriores em desafios das competições europeias, o único encontro em que o FC Porto não saiu derrotado aconteceu quando empatou 1-1 diante do Manchester United FC, nos oitavos-de-final da UEFA Champions League em 2003/2004.
• O FC Porto tem tendência para sofrer muitos golos nestes jogos - 21 no total -, mas poderá inspirar-se nas vitórias obtidas nos amigáveis de pré-temporada, em Agosto, ante o Portsmouth FC (2-1, golos de Lisandro López e autogolo de um adversário a remate de Marek Cech) e Manchester City FC (2-1, tento de Adriano).
Reencontro com Mourinho






• Na sua última visita a Inglaterra para as competições europeias, em 2004/05, os portistas defrontaram o Chelsea FC na fase de grupos da UEFA Champions League, reencontrando assim José Mourinho, o treinador que os levara à vitória na competição apenas quatro meses antes. Perderam ambos os encontros, por 3-1 em Londres e 2-1 em casa.
• O FC Porto não conseguiu vencer fora de casa na prova do ano passado, apesar de na primeira jornada ter sofrido o golo da derrota apenas aos 85 minutos, diante do Rangers FC, e ter estado em vantagem frente ao FC Internazionale Milano até aos 75 minutos de jogo, na quarta ronda, antes de empatar sem golos com o FC Artmedia, no desafio que marcou a despedida do torneio.


CSKA Moscovo-Hamburgo

CSKA quer voltar às vitórias

Nas duas últimas presenças na fase de grupos da UEFA Champions League o PFC CSKA Moskva apenas ganhou um dos seus seis jogos em casa, estatística que quererá, decerto, mudar quando receber o Hamburger SV, em jogo da segunda jornada do Grupo G.

Cenário repete-se

• Esse triunfo foi obtido sobre o Paris Saint-Germain FC, na época 2004/05, e seguiu-se a um empate a zero no Estádio do Dragão, ante o FC Porto, na primeira jornada. Na presente temporada, russos e portugueses voltaram a encontrar-se na primeira jornada, no mesmo estádio e o resultado também foi o mesmo.

Muro russo

• Há duas semanas, o CSKA sofreu a bom sofrer para arrecadar um ponto, numa partida em que o Porto dominou, mas não logrou criar muitas oportunidades de golo. O brasileiro Anderson, melhor jogador do Campeonato do Mundo de Sub-17 de 2005, teve em destaque nesse encontro, mas as suas espectaculares arrancadas esbarraram no muro defensivo do CSKA, que assim arrecadou um ponto.
• A equipa de Valeri Gazzaev vai agora procurar, na estreia no Estádio do Lokomotiv, alcançar a primeira vitória. Na terceira pré-eliminatória os moscovitas bateram os campeões da Eslováquia, por 3-0, resultado que decerto não desdenhariam frente ao Hamburgo, que vai procurar corrigir fora o desaire sofrido em casa, ante o Arsenal FC, na primeira jornada.
• De regresso à prova após seis anos de ausência, os alemães tentam recompor-se de um péssimo começo, com o guardião Sascha Kirschstein a ser expulso logo aos dez minutos, por derrube a Robin van Persie. Depois de Gilberto ter convertido a respectiva grande penalidade, Tomáš Rosický aumentou a vantagem, no minuto 55, com um excelente remate de longe. Boubacar Sanogo, já perto do final, reduziu para os comandados de Thomas Doll.
Primeira vez

• CSKA e Hamburgo nunca se encontraram em provas da UEFA. A equipa russa nunca defrontou, até à data, equipas alemãs.
• O Hamburgo apenas defrontou equipas russas numa ocasião. Na edição de 1996/97 da Taça UEFA, sob o comando de Felix Magath, os germânicos defrontaram, na segunda eliminatória, o FC Spartak Moskva, tendo seguido em frente depois de ganharem em casa, por 3-0, e empatado a dois golos na capital russa. A segunda mão teve lugar no Estádio Lokomotiv, que também vai acolher o encontro frente ao CSKA.

  • 2ª Jornada- Resultados:

ARSENAL-FC PORTO, 2-0 (38'Henry e 48'Hleb)

Estádio Emirates, Londres
Árbitro: Stefano Farina (Itália)
ARSENAL: Lehmann; Eboué, Touré, Djouru, Gallas; Gilberto Silva, Fabregas, Rosicky, Hleb (Walcott 84'), Henry e Van Persie Ljundberg 73').

FC PORTO: Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves, Ricardo Costa Raul Meireles); Paulo Assunção; Lucho, Cech, Quaresma. Anderson (Adriano 55'), Postiga (Lisandro).

SEM PODER DE FOGO
O FC Porto não conseguiu contrariar o favoritismo do Arsenal FC e acabou por ser derrotado pelos "gunners" em Londres, por 2-0, numa partida relativa à segunda jornada do Grupo G da UEFA Champions League. Os golos da equipa inglesa foram apontados por Thierry Henry e Aleksandr Hleb, sendo que o desaire atirou os "dragões" para o terceiro lugar do agrupamento, com apenas um ponto somado.
A surpresa Ricardo Costa
O técnico do FC Porto, Jesualdo Ferreira, reservou uma surpresa para o seu "onze", com Ricardo Costa a posicionar-se no lado esquerdo da defesa, ao passo que Marek Cech avançou para o meio-campo. Para além disso, Adriano sentou-se no banco de suplentes, cabendo a Hélder Postiga o papel de homem mais avançado dos "dragões". Quanto ao Arsenal, Djourou não recuperou de um pequeno toque, enquanto Ljungberg e Adebayor foram remetidos para o banco de suplentes.
Entrada de rompante
Como era de prever, o Arsenal entrou de rompante no encontro de Londres, procurando surpreender o adversário nos instantes iniciais. Assim, foi preciso esperar apenas quatro minutos para ver Helton entrar em acção pela primeira vez, com o guardião brasileiro a ter de se aplicar a fundo para desviar um remate de longe de Van Persie. Logo de seguinda. Kolo Touré introduziu a bola na baliza portista, mas o lance foi anulado devido ao facto de a bola ter transposto a linha final instantes antes. O FC Porto parecia algo atordoado com o arranque dos "gunners", mas não tardou a serenar os ânimos e a equilibrar as operações.
Bruno Alves quase marca
O melhor período dos "dragões" durante a primeira parte conheceu o seu ponto alto aos 15 minutos, quando Bruno Alves obrigou, de cabeça, Jens Lehmann a uma defesa por instinto, na sequência de um pontapé de canto. Com mais tempo de posse de bola, os visitantes pareciam capazes de parar o futebol ofensivo do Arsenal, mas uma desatenção aos 30 minutos só não resultou em golo porque Van Persie fez o mais difícil. Henry descobriu o avançado holandês na direita e este, só com Helton pela frente, disparou por cima da barra.
Henry não perdoa
O lance "acordou" novamente os anfitriões, que viram Fabregas errar por centímetros o alvo, após um remate de fora da área. No entanto, o golo da equipa inglesa acabou mesmo por aparecer aos 38 minutos, tendo como protagonista o suspeito do costume. Eboué subiu na direita e cruzou na perfeição para o segundo poste, com Pepe a falhar a intercepção e a permitir o cabeceamento certeiro de Thierry Henry, que não deu hipóteses a Helton.
Hleb a abrir
Jesualdo Ferreira mexeu na equipa ao intervalo e lançou Raul Meireles e Lisandro López, mas qualquer estratégia que o técnico "azul-e-branco" tivesse delineado caiu por terra logo ao terceiro minuto. Gallas surgiu mais uma vez em progressão no meio-campo contrário, antes de endossar a bola a Henry à entrada da área portista. O avançado gaulês viu bem a desmarcação de Hleb na direita, com o médio bielorrusso a rematar cruzado e rasteiro, de nada valendo a estirada de Helton. O tento representou um rude golpe para o FC Porto, que se viu confrontado com a hercúlea tarefa de marcar dois golos em terreno adversário.
Sem argumentos
E com o Arsenal satisfeito em poder jogar com o resultado e o cronómetro, a verdade é que a equipa portuguesa nunca conseguiu importunar seriamente a baliza inglesa até ao apito final. As oportunidades de golo pura e simplesmente eclipsaram-se para os dois lados, destacando-se apenas a magia de Henry e uma iniciativa perigosa de Quaresma aos 81 minutos, culminada com um remate que Lehmann teve alguma dificuldade para deter. O FC Porto vai tentar somar a sua primeira vitória no dia 17 de Outubro, quando receber o último classificado, o Hamburger SV, sendo que no mesmo dia o Arsenal desloca-se ao reduto do PFC CSKA Moskva.

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CSKA MOSCOVO-HAMBURGO, 1-0

  • 3ª Jornada - Antevisão:

FC Porto-Hamburgo

FC Porto à procura da veia goleadora
O FC Porto dominou o jogo em casa frente ao PFC CSKA Moskva, mas não conseguiu marcar qualquer golo e também ficou em branco na segunda jornada, na qual perdeu no terreno do Arsenal FC, por 2-0. Agora, na recepção ao Hamburger SV, à procura da melhor forma na UEFA Champions League, os portistas têm a oportunidade de relançar a qualificação para a fase seguinte, enquanto no outro jogo o CSKA recebe o Arsenal, em Moscovo.
Golos em cada uma das partes, da autoria de Thierry Henry e Aleksandr Hleb, fizeram com que o FC Porto regressasse de mãos vazias a Portugal há três semanas, mantendo uma sequência de resultados negativos em Inglaterra para as competições europeias.

Sucessos anteriores

A repetição do resultado dos dois últimos encontros em Portugal entre as duas equipas serviu às mil-maravilhas aos comandados de Jesualdo Ferreira. O FC Porto venceu por 2-1 em ambas as ocasiões, a primeira das quais para a terceira eliminatória da Taça UEFA de 1975/76, tendo repetido o feito 14 anos depois, em igual fase da mesma competição. Contudo, nas duas ocasiões, foi o Hamburgo a seguir em frente na prova.
O FC Porto perdeu os primeiros quatro embates frente a adversários alemães, mas conseguiu um memorável triunfo frente ao FC Bayern München, na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1986/87, com golos na segunda parte de Rabah Madjer e Juary. Desde então, o Bayern levou a melhor sobre os portistas, eliminando os "dragões" nos quartos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1990/91 e em igual fase da UEFA Champions League, volvidas nove épocas.
No cômputo geral, o FC Porto venceu cinco (todas as vitórias aconteceram pela margem mínima) e perdeu três dos dez encontros realizados em casa frente a adversários germânicos. A última vez que recebeu adversários oriundos da Alemanha aconteceu nos quartos-de-final da UEFA Champions League de 1999/2000, quando o Bayern empatou 1-1 no Estádio das Antas, qualificando-se para a fase seguinte mercê de um triunfo em casa por 2-1.

As viagens do Hamburgo

O Hamburgo está no derradeiro lugar do seu grupo, tendo perdido os dois jogos realizados para a fase de grupos - por 2-1 em casa com o Arsenal e por 1-0 em Moscovo há três semanas, com um golo decisivo de Dudu, aos 59 minutos. A equipa de Thomas Doll procura pontuar frente aos portistas de modo a manter intactas as esperanças de qualificação para a fase seguinte.
Apesar de as suas duas últimas visitas ao Porto terem terminado em derrota, a equipa teutónica bem pode inspirar-se na sua última visita a Portugal - um triunfo por 1-0 na terceira eliminatória da Taça Intertoto da época passada, frente ao Leiria, abriu caminho para uma vitória por 3-0 no cômputo geral. A equipa alemã viria a vencer a competição, qualificando-se para os oitavos-de-final da Taça UEFA, antes de ser eliminada pelo AFC Rapid Bucuresti.

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CSKA Moscovo-Arsenal

CSKA quer parar canhões do Arsenal
As duas equipas que comandam o Grupo G, PFC CSKA Moskva e Arsenal FC, partem para os primeiros dos dois encontros consecutivos entre ambas na UEFA Champions League sabendo que a conquista dos três pontos deixará uma delas em excelente posição para chegar à fase seguinte. Depois de o Arsenal ter vencido os respectivos jogos nas duas rondas já disputadas, a tarefa de parar os “gunners” recai agora sobre os campeões russos, enquanto no outro jogo do agrupamento o FC Porto tenta marcar o primeiro golo na presente campanha frente ao Hamburger SV, ainda à procura de pontuar.
O triunfo do CSKA frente ao Hamburgo, há três semanas, fez com que duplicasse o número de vitórias dos moscovitas em jogos caseiros para a fase de grupos da UEFA Champions League. Nos primeiros seis encontros na prova, o CSKA apenas venceu um em Moscovo, frente ao Paris Saint-Germain FC, em 2004/05. O cabeceamento certeiro de Dudu proporcionou aos russos um triunfo por 1-0 na segunda jornada aos russos, passando a somar quatro pontos, algo que os tornou nos mais directos perseguidores do Arsenal. O CSKA parte para a terceira ronda sem ter sofrido qualquer golo, pois, para além de ter derrotado o Hamburgo, empatou na jornada inicial com o FC Porto, no Estádio do Dragão.

Ingleses de má memória

Contudo, para manter esse registo de invencibilidade, os moscovitas necessitam melhorar substancialmente em relação ao seu mais recente duelo frente a adversários ingleses, uma vez que, para a UEFA Champions League de 2004/05, o CSKA perdeu por 1-0 diante do Chelsea FC, tendo o único tento do encontro sido da autoria do holandês Arjen Robben. O facto de o primeiro jogo entre as duas equipas, realizado em Stamford Bridge, ter terminado com o triunfo da equipa dirigida por José Mourinho por 2-0 e a derrota, por 3-1, no prolongamento da SuperTaça Europeia de 2005, significou que os moscovitas perderam os três jogos realizados até à data ante equipas inglesas.
O Arsenal não perde fora na UEFA Champions League há sete jogos, numa série de cinco triunfos e dois empates e que inclui a vitória, na ronda inaugural, em Hamburgo, por 2-1. A equipa de Arsène Wenger deu sequência a esse sucesso com um triunfo caseiro, por 2-0, sobre o FC Porto, com Thierry Henry a abrir o activo naquele que constituiu o 50º golo do francês nas competições de clubes da UEFA, antes de assistir Aliaksandr Hleb para o segundo golo da noite.

Visitas a Moscovo

Trata-se da primeira vez que estas duas equipas se defrontam, mas esta será a quarta visita do Arsenal a Moscovo. As duas primeiras deslocações, tendo como adversário o FC Spartak Moskva, foram facilmente esquecidas. Para a primeira eliminatória da Taça UEFA de 1982/83, os "gunners" perderam por 5-2 e foram eliminados da competição, depois de já terem sido derrotados em Londres por 5-2. Para a segunda fase de grupos da UEFA Champions League, o Arsenal perdeu por 4-1 no Estádio Luzhniki, mas desforrou-se, triunfando por 1-0 em casa, resultado que ajudou os londrinos a garantirem a primeira presença nos quartos-de-final da prova.
Na fase de grupos da UEFA Champions League de 2003/04, os “gunners” partilharam o mesmo grupo do FC Lokomotiv Moskva, tendo empatado (0-0) em Moscovo. Em casa, para na sexta jornada, golos de Robert Pires e Fredrik Ljungberg qualificaram os londrinos para os oitavos-de-final como vencedores do grupo.

  • 3ª Jornada: Resultados

Porto-Hamburgo, 4-1

O FC Porto reacendeu as suas hipóteses de terminar o Grupo G num dos dois primeiros lugares, após ter goleado esta terça-feira em casa o Hamburger SV, por 4-1. Lisandro López (2), Lucho González e Hélder Postiga assinaram os tentos dos “dragões”, que agora seguem no terceiro lugar, com quatro pontos, a três do líder PFC CSKA Moskva.
Estreia de Fucile O técnico do FC Porto, Jesualdo Ferreira, efectuou apenas uma alteração em relação ao “onze” que bateu (3-0) o Marítimo no passado fim-de-semana, com Bosingwa a ficar de fora e a ceder o seu lugar no lado direito da defesa a Fucile. O lateral uruguaio teve, assim, oportunidade de se estrear com a camisola dos “dragões” em jogos oficiais e logo numa partida desta magnitude, tentando mostrar o porquê da sua contratação ao Liverpool de Montevideu. Do lado do Hamburgo, a grande surpresa prendeu-se com a inclusão do defesa camaronês Thimothée Atouba, que recuperou à última da hora de uma lesão na virilha.
Início alucinante

A partida teve um início alucinante, com Hélder Postiga a precisar apenas de 53 segundos para desferir o primeiro remate perigoso da noite, na sequência de um rápido contra-ataque pela direita. O Hamburgo respondeu apenas dois minutos volvidos, por intermédio de Sorín, que rematou ao lado. As duas equipas pareciam apostadas num futebol de ataque e propício ao espectáculo, mas esse cenário não demorou a cair por terra quando um impiedoso temporal se abateu sobre o Estádio do Dragão. O relvado começou a ceder face à intensa chuva e, como seria de esperar, esse facto veio dificultar a missão dos jogadores.
Lisandro marca

Após um período de adaptação ao novo piso “aquático”, o FC Porto mostrou-se bem mais expedito nesse particular e chegou ao golo aos 14 minutos. Anderson roubou a bola na esquerda ao capitão do Hamburgo, Wicky, antes de flectir para o meio e entrar na grande área, ao que se seguiu um passe mortal para Lisandro López, que apenas teve de encostar para o primeiro golo da noite. Os visitantes acusaram o toque e pareceram algo desorientados nos minutos que se seguiram, com Postiga a ficar muito perto de aproveitar aos 18 minutos, quando viu o guarda-redes Kirschstein evitar o 2-0 com uma saída arrojada.
Hamburgo acorda

E quando tudo indicava que seria o FC Porto a ditar o ritmo de jogo até ao intervalo, o Hamburgo despertou da sonolência em que estava envolvido e começou a exercer um ligeiro mas gradual ascendente a partir dos 25 minutos. Mahdavikia atirou à figura de Helton, dois minutos antes de o guarda-redes brasileiro efectuar uma brilhante defesa em resposta a um remate de fora da área de Trochowski. Os visitantes chegaram mesmo a introduzir a bola na baliza do FC Porto aos 35 minutos, através de Ljuboja, mas o árbitro da partida assinalou uma falta sobre o guardião dos “dragões”. O Hamburgo não desanimou e continuou a pressionar o adversário, apostando invariavelmente no lado esquerdo do seu ataque, onde Atouba e Sorín revelaram bom entendimento.
Lesão… e golo!

E a inquietude sentida nos adeptos “azuis-e-brancos” ameaçou transformar-se em desespero aos 43 minutos, altura em que o jovem prodígio Anderson teve de ser substituído por Jorginho, devido a lesão. Mas quando todos já esperavam pelo intervalo, Ljuboja cortou a bola com a mão na sua grande área, na sequência de um pontapé de canto, originando uma grande penalidade que Lucho González se encarregou de converter com êxito. A dádiva do Hamburgo simplificou, e de que maneira, a missão dos anfitriões para a etapa complementar, ao mesmo tempo que constituiu um rude golpe para um conjunto que parecia capaz de lutar pelos três pontos.
Tempo de gerir…

Órfão da magia de Anderson, o FC Porto optou por controlar o adversário no arranque dos segundos 45 minutos, preocupado em preservar a vantagem no marcador e, mais importante ainda, três pontos vitais na corrida pelos dois primeiros lugares do agrupamento. O Hamburgo não conseguiu manter o mesmo rendimento e atitude revelados após o primeiro golo, tendo de esperar até aos 58 minutos para construir um lance de perigo digno desse nome. Ljuboja saltou mais alto do que os defesas portistas na marcação de um livre e cabeceou a milímetros da barra. Mas quem pensou que esse lance iria acordar a equipa alemã enganou-se redondamente, até porque o 3-0 estava já ao virar da esquina.
… e de golear

E quis o destino que fosse Ricardo Quaresma, até então algo apagado, a fabricar o melhor tento do jogo. O extremo esgueirou-se pela direita e não se assustou com a presença de vários adversários no seu caminho, cortando para fora antes de assinar um cruzamento teleguiado que permitiu a Hélder Postiga cabecear para o fundo da baliza. O Hamburgo baixou definitivamente os braços e viria a sofrer novo golo a nove minutos do 90. O recém-entrado Bruno Moraes isolou Lisandro e o avançado argentino não perdoou. Aos 89 minutos, Piotr Trochowski ainda reduziu para os alemães, mas já era tarde demais.

CSKA-Arsenal, 1-0

  • 4ª Jornada- Antevisão

Hamburgo-FC Porto

Ausência motivadora
Jesualdo Ferreira, técnico do FC Porto, acredita que a ausência de Anderson poderá funcionar como um factor-extra de motivação para o encontro desta quarta-feira, frente ao Hamburger SV, referente à quarta jornada do Grupo G da UEFA Champions League.
Pensamento positivo
A jovem estrela brasileira, de apenas 18 anos, fracturou o perónio da perna direita na vitória de sábado, por 3-2, frente ao Benfica, pelo que vai ficar afastado dos relvados durante os próximos três meses. Este percalço poderá, no entanto, funcionar como algo de positivo para os "dragões", pelo menos a julgar pelas palavras do seu técnico. "Creio que esta situação vai, pelo menos, provocar-nos alguma revolta. Creio que vamos conseguir passar por cima dessa contingência e trazer mais algumas coisas positivas para o grupo. No entanto, é óbvio que o FC Porto não tem outro jogador no plantel com as características de Anderson", começou por referir Jesualdo Ferreira.
"Jogo muito importante"
Quanto ao jogo propriamente dito e em relação ao que espera do Hamburgo, o treinador portista não tem dúvidas. "Não sei qual é a intenção de Thomas Doll ao atribuir o favoritismo ao FC Porto, mas subscrevo inteiramente por baixo essa posição que ele tomou", afirmou. "O Hamburgo é uma equipa com grande potencial e tem muito mais valor do que vem demonstrando nesta prova. Eles podem 'explodir" em qualquer partida e só espero que isso não aconteça contra nós. Sabemos que este jogo será muito importante para a nossa luta por um dos dois primeiros lugares do agrupamento", concluiu.
Jogar pela vitória
Thomas Doll, por seu turno, acredita que a sua equipa pode conquistar os primeiros pontos na competição, apesar do poderio do adversário. “Não vamos jogar para cumprir calendário. O FC Porto é favorito, mas nós vamos demonstrar uma mentalidade diferente da patenteada na primeira mão. Sabemos que só se vencermos o FC Porto e o PFC CSKA Moskva é que temos possibilidades de pensar na Taça UEFA. Queremos mostrar que podemos jogar bem na UEFA Champions League e se o conseguirmos será positivo do ponto de vista psicológico”, disse.
Evitar anedota
O treinador do Hamburgo prosseguiu: "Ainda não conseguimos nenhum ponto na UEFA Champions League, mas acreditamos no nosso valor e ainda vamos disputar mais três jogos. O FC Porto ganhou-nos por 4-1 no Estádio do Dragão, mas faremos melhor no nosso terreno. Os jogadores estão confiantes e acreditamos que vamos garantir os três pontos". Já Rafael Van der Vaart, médio holandês da equipa germânica, não podia ser mais claro: "Não queremos ser a anedota do futebol europeu".


Arsenal-CSKA Moscovo

Arsenal quer vingar derrota de Moscovo
O Arsenal FC parecia ter a tarefa facilitada no Grupo G, mas a vida dos ingleses complicou-se depois de terem sofrido a segunda derrota em 16 jogos da UEFA Champions League. Na jornada anterior, os londrinos saíram derrotados de Moscovo e voltam agora a medir forças com o PFC CSKA Moskva, actualmente na liderança da classificação com um ponto de vantagem. O FC Porto ocupa o terceiro lugar, a dois pontos do Arsenal, e joga em casa do Hamburger SV, último classificado.
Carvalho decide
Um excelente golo de Daniel Carvalho na marcação de um livre, aos 24 minutos, permitiu aos campeões russos estrearem-se a vencer diante de uma equipa inglesa. Os moscovitas estão em excelente posição para ultrapassarem pela primeira vez a fase de grupos, enquanto o Arsenal viu-se obrigado, de repente, a ter de fazer contas. Apesar de ter começado a prova com duas vitórias, em Hamburgo (2-1) e no seu reduto diante do FC Porto (2-0), a equipa de Londres sabe que nova derrota poderia permitir aos portistas ascender ao segundo lugar, numa altura em que o final da fase de grupos está cada vez mais próximo.
O triunfo na terceira jornada, seguido do empate (0-0) no Estádio do Dragão na ronda inaugural e da vitória de 1-0 no campo do Hamburgo, no jogo seguinte, deixaram o CSKA no topo da classificação com sete pontos.
Factor casa
A equipa treinada por Arsène Wenger está apostada em esquecer rapidamente o jogo de Moscovo e regressar às vitórias. E o seu registo nos encontros disputados em casa é impressionante, uma vez que depois a invencibilidade dos ingleses dura há dez jogos. Depois de terem perdido com o Chelsea FC, na segunda mão dos quartos-de-final da época de 2003/04, o Arsenal conseguiu sete vitórias e três empates.
Na segunda jornada, os londrinos estrearam da melhor forma o novo estádio de Ashburton Grove em jogos internacionais, quando os "gunners" bateram o Porto por 2-0, com Thierry Henry a assinar o 50º golo nas competições europeias e Aleksandr Hleb a estrear-se a marcar na UEFA Champions League.
Primeiro encontro
CSKA e Arsenal defrontaram-se pela primeira vez a 17 de Outubro, mas a equipa de Londres guarda péssimas recordações do primeiro jogo diante de uma equipa russa, uma vez que o FC Spartak Moskva saiu de Highbury com um convincente triunfo por 5-2, na primeira eliminatória da Taça UEFA de 1982/83.
Estas duas equipas voltaram a encontrar-se na segunda fase de grupos da UEFA Champions League de 2000/01, tendo o Arsenal triunfado em casa graças a um golo de Henry aos 82 minutos. Na época de 2003/04, coube ao FC Lokomotiv Moskva o privilégio de visitar Highbury. Na sexta jornada, a equipa da casa venceu por 2-0, com golos de Robert Pires e Fredrik Ljungberg, um resultado que permitiu ao Arsenal vencer o grupo e passar aos oitavos-de-final.
Com o triunfo conseguido na última jornada, o CSKA terminou com a série de três derrotas nos jogos anteriormente disputados frente a equipas inglesas. Na UEFA Champions League de 2004/05, os russos perderam ambos os desafios com o Chelsea, por 2-0 em Londres e 1-0 em Moscovo e na final da SuperTaça Europeia de 2005, conseguiram obrigar o Liverpool FC a disputar o prolongamento, mas não evitaram a derrota por 3-1.

  • 4ª Jornada- Resultados


Arsenal-CSKA, 0-0

CSKA aguenta firme
O PFC CSKA Moskva empatou a zero em casa do Arsenal FC e confirmou a liderança no Grupo G da UEFA Champions League. A equipa inglesa dominou o encontro, mas não conseguiu concretizar nenhuma das inúmeras oportunidades que criou.
Desperdício
Thierry Henry, Cesc Fabregas e Tomáš Rosický foram os elementos mais perdulários num primeiro tempo que foi totalmente dominado pela equipa da casa, mas a turma inglesa fica a dever o ponto conquistado a Jens Lehmann, que, com uma fantástica defesa, evitou o golo de Vágner Love na segunda parte. Num grupo muito equilibrado, o CSKA mantém a liderança, agora com um ponto de vantagem sobre o Arsenal e o FC Porto.
Empenho de Henry
Henry entrou em campo determinado em vingar a derrota sofrida em Moscovo na última jornada. O empenho do avançado francês ficou bem patente nos minutos iniciais, quando viu um cartão amarelo devido a uma entrada dura sobre Yuri Zhirkov. O capitão do Arsenal esteve muito em jogo e, pouco depois, assistiu Robin van Persie, que rematou ao lado.
Início forte
O Arsenal entrou a grande velocidade, empenhado em decidir o jogo rapidamente. Nos primeiros 15 minutos, Van Persie desperdiçou mais duas boas oportunidades para marcar. Logo a seguir, Rosický iniciou mais uma jogada perigosa, com o centrocampista checo a lançar Gilberto pelo flanco direito. O brasileiro serviu Henry na perfeição, mas o francês rematou ao lado da baliza russa.
Golos falhados
O Arsenal dominava totalmente o jogo, mas, tal como tinha acontecido no encontro de sábado frente ao Everton FC, a equipa de Londres mostrava grandes dificuldades para superar uma defesa bem organizada. O CSKA só criou a primeira jogada de perigo aos 23 minutos, com Daniel Carvalho a marcar um livre e a bola a sair à figura de Lehmann. O Arsenal respondeu imediatamente, aos 27 minutos, e Fabregas contornou Akinfeev, mas o seu remate saiu às malhas laterais.
Riso nervoso
O CSKA ainda não sofreu qualquer golo esta época na UEFA Champions League e desta vez a baliza russa parecia estar protegida por mão divina. Ainda no primeiro tempo, Henry rematou ao lado quando estava isolado frente ao guarda-redes e Rosický não conseguiu acertar na baliza quando estava a um metro da linha de golo. Nas bancadas do Arsenal Stadium, os adeptos ingleses começavam a mostrar um sorriso nervoso.
Lehmann salva
A tendência de jogo manteve-se no início do segundo tempo, com William Gallas a aparecer frequentemente em terrenos avançados para dar mais poder físico ao ataque. Mas foi a equipa visitante que dispôs da primeira grande oportunidade de golo após o intervalo. Aos 57 minutos, Ivica Olić lançou Vágner Love, o brasileiro ultrapassou Gallas à entrada da área, mas Lehmann voltou a salvar o Arsenal, ao desviar a bola dos pés do avançado da equipa russa.
Final emocionante
O Arsenal estava balanceado no ataque e era vulnerável aos contra-ataques russos, mas a equipa da casa foi sempre a mais perigosa. Aos 65 minutos, Van Persie ficou a poucos centímetros de desviar para a baliza a bola que tinha sido cruzada por Henry. Arsène Wenger apostou em Theo Walcott para os últimos 20 minutos de jogo, mas parecia estar escrito que o CSKA ia continuar sem sofrer golos. Van Persie ainda teve tempo para cabecear ao lado e, nos últimos minutos, foi Akinfeev quem segurou o empate ao deter um remate de Gilberto Silva.

Hamburgo-FC Porto, 1-3 (Van der Vaart 62'; Lucho 44', Lisandro 61', Bruno Moraes 87')

Estádio AOL Arena, em Hamburgo
Árbitro: Laurent Duhamel (França)
HAMBURGO
Kirschstein; Mahdavikia, Kompany, Mathijsen, Atouba; Feilhaber, Trochowski, Sorín, Van der Vaart; Ljuboja e Sanogo
Suplentes: Wachter, Guerrero, Lauth, Fillinger, Klingbeil, Berisha, Laas
Treinador: Thomas Doll
FC PORTO
Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves, Fucile; Paulo Assunção, Lucho e Raul Meireles; Quaresma, Lisandro e Postiga
Suplentes: Vitor Baia, R. Costa, Cech, Sektioui, Jorginho, Alan e Bruno Moraes
Treinador: Jesualdo Ferreira

Justiça e optimismo
O técnico do FC Porto, Jesualdo Ferreira, ficou naturalmente satisfeito com o rendimento da sua equipa e com o triunfo, por 3-1, sobre o Hamburger SV. Quanto a Lucho González, autor de um golo brilhante em solo alemão, acredita que este pode ter sido um passo decisivo rumo ao apuramento para os oitavos-de-final da UEFA Champions League.
Jesualdo Ferreira, treinador do FC Porto
Acho que o terceiro golo repôs a diferença da qualidade de jogo que houve entre as duas equipas. O FC Porto foi claramente superior na primeira parte. Fizemos um jogo tranquilo e marcámos um golo quase a acabar essa metade. No regresso dos balneários sabíamos que se marcássemos o segundo golo ganhávamos o jogo. Mas o Hamburgo é uma equipa alta, muito forte no jogo aéreo e marcou o golo dessa forma, num lance pelo ar. Sofremos um bocadinho depois disso, mas ajustámos a nossa forma de actuar, marcámos nos últimos dez minutos e acabámos o jogo por cima e melhor que o adversário.
Lucho González, médio do FC Porto
Seguramente que é um golo para mais tarde recordar, mas o importante é que vencemos. Era fundamental sairmos daqui com a vitória, por isso foi muito bom fazermos o jogo que fizemos. Conseguimos uma grande exibição e vencemos com toda a justiça. Depois trememos um pouco, mas o importante é que nos aguentámos bem e conseguimos depois fazer o terceiro golo. Acho que demos um passo muito importante para continuar em prova. O próximo jogo em Moscovo vai ser decisivo e vamos tentar vencê-lo.
Thomas Doll, treinador do Hamburgo
Todos aqueles que estiveram presentes no estádio viram que não fizemos o suficiente para merecer a vitória. Estou muito, muito desiludido. Não se tratou apenas deste jogo, porque também não jogámos bem nas outras partidas. Não representámos o clube à altura e também fracassámos no objectivo de representar condignamente a Alemanha. Os meus jogadores costumam deixar tudo em campo, mas esta noite não estou em condições de dizer que isso aconteceu. É obrigatório que, no futuro, façamos mais para chegar ao triunfo.

  • 5ª Jornada-Antevisão

CSKA-FC Porto

CSKA guarda o champanhe
O jogo do PFC CSKA Moskva, a contar para o Grupo G da UEFA Champions League, contra o FC Porto, tem sido ensombrado pela morte do irmão mais novo do treinador Valeri Gazzaev, Ruslan, que faleceu no sábado na sequência de um acidente de viação, no dia em que o CSKA reconquistou o título russo. Um abatido Gazzaev acordou em comparecer ante os jornalistas esta segunda-feira e, apesar de ter sido pedido aos media para não o questionarem sobre o acidente, os pensamentos de todos estavam com o treinador, que viaja para Vladikavkaz após o encontro desta terça-feira, na companhia da sua família.
Festejos adiados
O CSKA bateu no sábado o FC Luch-Energia Vladivostok, por 4-0, arrecadando assim o seu terceiro título em quatro anos, e vira agora as suas atenções para a Europa. A uma vitória apenas de colocar o CSKA pela primeira vez na fase a eliminar da prova, Gazzaev insistiu que o título conquistado no sábado não vai desconcentrar os jogadores para o jogo que aí vem. "A vitória no campeonato não nos vai afectar", afirmou. "Adiámos as comemorações".
Ganhar
"Vencemos a Liga russa, mas sabemos que o Porto está na liderança do seu campeonato, pelo que vão estar em campo duas equipas muito fortes. Sabemos os pontos fortes e fracos de cada uma delas. Temos apenas um objectivo que é ganhar e conseguir o apuramento, e temos tudo para o alcançar".
Porto em alta
Os dois clubes calharam no mesmo grupo há duas épocas, com o Porto então a seguir em frente à custa do CSKA. Desta vez é o CSKA que está em vantagem, mas está tudo em aberto com Porto e Arsenal FC a apenas um ponto, quando ainda faltam dois jogos. Na primeira jornada, o Porto empatou a zero em casa com o CSKA, mas recuperou, graças às duas vitórias e aos sete golos marcados ao Hamburger SV.
Ignashevich regressa
Em contraste, o CSKA apenas marcou dois golos, mas está na frente muito graças à excelente defesa que ainda não sofreu nenhum golo nos seis jogos disputados esta época nas provas europeias. Gazzaev já pode contar com o seu capitão Sergei Ignashevich, que ficou de fora no sábado devido a uma lesão num joelho. De fora estão ainda o avançado Jô e o médio Evgeni Aldonin, pelo que o CSKA poderá fazer alinhar o mesmo “onze” que começou a partida contra o Arsenal, na quarta jornada, que terminou empatada a zero.
Zero graus
Estavam 11 graus negativos quando o Porto ganhou por 1-0 na sua última visita a Moscovo. Jesualdo Ferreira afirmou que a sua equipa vai jogar para ganhar, independentemente das condições que se verificarem. Os campeões portugueses não deverão sofrer os rigores do Inverno russo de há dois anos, pois são esperados zero graus para a hora do encontro.
Jogo aberto
Bosingwa e Lisandro López estão os dois aptos e deverão jogar de início, apesar dos toques sofridos na vitória por 2-1 ante a Académica, pelo que, tirando Anderson, não há baixas a lamentar. "Vai ser um jogo aberto", afirmou Jesualdo. "O Porto tem vindo a jogar bem e estamos aqui para levar os três pontos. O CSKA tem uma equipa forte, mas estamos certos que podemos ganhar".

Arsenal-Hamburgo

Arsenal obrigado a vencer
O treinador do Arsenal FC, Arsène Wenger, reconheceu que a sua equipa está obrigada a vencer o Hamburger SV, depois de ter colocado em risco a permanência na UEFA Champions League ao averbar apenas um ponto nos dois últimos jogos.
Batalha a três
O finalista vencido da edição passada da UEFA Champions League parecia estar no rumo certo, após ter vencido as duas primeiras partidas, mas uma derrota e um empate frente ao PFC CSKA Moskva colocaram os londrinos numa luta acesa com os russos, líderes do grupo, e o FC Porto. "Temos sobre nós toda a pressão que pode existir antes de um jogo", disse Wenger. "Precisamos de vencer os dois últimos jogos para ficarmos em primeiro e dispomos de boa oportunidade para conseguir uma delas em casa com o Hamburgo".
"Relaxados e concentrados"
A posição do Arsenal seria mais confortável se não tivesse errado tanto na finalização, na quarta jornada, diante do CSKA. Não ter conseguido traduzir em golos a pressão exercida tem sido uma constante na temporada dos "gunners", principalmente no novo estádio, mas é algo que Wenger espera melhorar. "Criamos muitas oportunidades e queremos converter o maior número possível", disse. "Mas querer não basta. Os jogadores precisam de estar relaxados e concentrados para depois, normalmente, vir o resto por acréscimo".
"Mais dinâmica"
No entanto, a história repetiu-se com o Newcastle United FC, no sábado, quando a equipa do norte de Londres sofreu um golo, antes de empatar a contenda, 1-1, pela quarta vez nesta temporada. Wenger declarou: "Queremos marcar primeiro, mas precisamos de ser mais dinâmicos do que fomos no primeiro tempo com o Newcastle". A defesa do Arsenal não conta com William Gallas, que se lesionou durante um treino, abrindo as portas da titularidade a Philippe Senderos ou Johan Djourou. "É uma ausência importante, porque o William dá estabilidade à nossa defesa", disse Wenger. Tomáš Rosický também não irá jogar, devido a uma lesão na perna, mas Robin van Persie, Fredrik Ljungberg e Gilberto estão operacionais.
"Um grupo excelente"
Por seu lado, o treinador do Hamburgo, Thomas Doll, tem mais preocupações, pois o defesa René Klingbeil e o avançado José Paolo Guerrero juntaram-se a Juan Pablo Sorín, Guy Demel, Vincent Kompany e Nigel de Jong na lista de indisponíveis. Mas o antigo internacional germânico recusa encontrar desculpas: "Trouxemos para Londres um excelente grupo de jogadores e estamos determinados em deixar uma boa imagem", afirmou.
Mau momento
Quatro derrotas consecutivas deixaram o Hamburgo no último lugar do grupo e os antigos campeões europeus estão a passar por dificuldades também no campeonato alemão, onde ocupam o 19º lugar, depois do empate de sábado, com o FSV Mainz 05. O facto de terem apenas uma vitória nos últimos 21 jogos, no total de todas as competições, diz tudo.
Precisamos de confiançaNo entanto, Doll não está resignado, afirmando que um resultado positivo pode despoletar a reacção da sua equipa. "Já estamos eliminados, o que significa que podemos jogar livremente e pressionar o Arsenal", avançou. "Precisamos de confiança e, se jogarmos bem e conseguirmos um bom resultado, pode haver reacções positivas". Mehdi Mahdavikia vai disputar o lugar de defesa-direito com Mario Fillinger, ao passo que Doll poderá apresentar uma nova linha ofensiva, com Besart Berisha no lugar de Boubacar Sanogo ou de Danijel Ljuboja.

  • 5ª Jornada-Resultados

CSKA-FC Porto, 0-2 (Quaresma 2, Lucho 61)

Da Rússia com classe
Uma exibição perfeita permitiu ao FC Porto dar um passo de gigante rumo ao apuramento para os oitavos-de-final da UEFA Champions League, fruto do triunfo, por 2-0, no terreno do PFC CSKA Moskva. Golos de Ricardo Quaresma e Lucho González, um em cada parte, colocaram os "dragões" na liderança do Grupo G.
Duas novidades
Jesualdo Ferreira mexeu na equipa em relação ao triunfo (2-1) do passado sábado sobre a Académica, tendo promovido o regresso ao "onze" de Fucile e Paulo Assunção. O defesa uruguaio posicionou-se no lado esquerdo, relegando Marek Cech para o banco de suplentes. Quanto a Assunção, o brasileiro ganhou a luta pela titularidade ao seu compatriota Jorginho, numa aposta de fortalecer o meio-campo dos "dragões". Do lado do CSKA, o técnico Valeriy Gazzaev optou por colocar Daniel Carvalho no apoio directo a Vágner Love, o que significou que Olic iniciou a partida no banco.
Quaresma marca
O CSKA apresentou-se moralizado pela recente conquista do campeonato russo e ainda pelo facto de abordar esta quinta jornada sem ter sofrido qualquer golo na competição. No entanto, esse feito demorou apenas dois minutos a cair por terra, altura em que Ricardo Quaresma capitalizou um excelente arranque por parte do FC Porto. Bosingwa iniciou um rápido e espectacular contra-ataque "azul-e-branco", com Hélder Postiga a ver bem a desmarcação de Lisandro López na direita. O argentino não se deslumbrou frente a Akinfeev e cruzou rasteiro para Quaresma, que não perdoou ao segundo poste e marcou de pé esquerdo.
Duplo desperdício
Os anfitriões tentaram ripostar de imediato, mas o FC Porto não se deixou impressionar e continuou a practicar um futebol personalizado, sempre à espreita de uma oportunidade para voltar a marcar. E a verdade é que foi isso mesmo que esteve muito perto de acontecer aos 15 minutos, quando os "dragões" desperdiçaram duas soberanas ocasiões. Primeiro foi Postiga que obrigou o guarda-redes contrário a aplicar-se a fundo para deter um forte disparo de pé esquerdo, sendo que no canto subsequente Pepe falhou incrivelmente o segundo golo, atirando por cima da barra quando tinha a baliza deserta à sua frente.
Sempre por cima
Sem soluções para importunar Helton, o CSKA sofreu novo revés aos 27 minutos, quando o influente médio brasileiro Dudu teve de sair lesionado. A realizar uma excelente exibição, o FC Porto nunca tirou o pé do acelerador durante a primeira parte, ficando novamente muito perto de aumentar a sua vantagem aos 33 minutos. Lisandro apareceu em posição privilegiada para atirar a contar, mas o seu cabeceamento saiu fraco e à figura de Akinfeev. O guardião russo teve muito mais dificuldades para parar um remate traiçoeiro de Postiga dois minutos volvidos, isto numa altura em que a equipa portuguesa já justificava algo mais do que o 1-0.
Lucho não perdoa
O CSKA pareceu regressar dos balnerários com outra atitude, aumentando o seu tempo de posse de bola e elevando o ritmo de jogo. Contudo, o FC Porto adaptou-se com mestria ao novo cenário e tratou de controlar o ímpeto do adversário. Helton apenas foi chamado a intervir aos 55 minutos, quando desviou para canto um livre directo apontado por Daniel Carvalho. A resposta portista surgiu seis minutos volvidos e revelou-se letal. Quaresma fez tudo bem na direita e cruzou para Lisandro, que amorteceu de cabeça para o remate certeiro de Lucho González.
Arsenal a fechar
O segundo golo portista representou um obstáculo intransponível para o CSKA, que continuou a revelar uma gritante falta de inspiração até ao apito final. Quanto ao FC Porto, "limitou-se" a espalhar o perfume do seu futebol, indiferente ao frio intenso que se fez sentir em Moscovo. O FC Porto passou a partilhar a liderança do seu agrupamento com o Arsenal, com dez pontos em cinco jogos, enquanto o CSKA é agora terceiro, a dois pontos do duo da frente. A última e decisiva ronda, que terá lugar no dia 6 de Dezembro, reserva um FC Porto-Arsenal e um Hamburgo-CSKA, sendo que os "dragões" precisam apenas de um empate para seguirem em frente na prova.

Arsenal-Hamburgo, 3-1 (Van Persie 52 , Eboué 83, Baptista 88; Van der Vaart 4)

Arsenal sorri no fim
Golos de Emmanuel Eboué e Julio Baptista, perto do final do encontro, permitiram ao Arsenal FC vencer o Hamburger SV, por 3-1, em jogo do Grupo G da UEFA Champions League. A equipa inglesa parte, assim, para a última jornada da prova a precisar apenas de um empate no terreno do FC Porto, resultado que também apura a formação portuguesa para os oitavos-de-final.
Henry suspenso
O Hamburgo esteve muito perto de conquistar o seu primeiro ponto na competição, tendo-se colocado à frente do marcador por Rafael van der Vaart, vantagem anulada, no início da segunda parte, pelo seu compatriota Robin van Persie. No entanto, a oito minutos do fim, os "gunners" tiveram o prémio desejado, quando Eboué rematou para o fundo da baliza de Stefan Wächter. Houve ainda tempo para Baptista desviar com sucesso um cruzamento de Theo Walcott e garantir a festa da equipa da casa, contrariada apenas pelo cartão amarelo visto por Thierry Henry que, assim, vai falhar o jogo no Estádio do Dragão.
Grande momento
O treinador do Arsenal, Arsène Wenger, tinha avisado a sua equipa que era importante não sofrer golos, mas o aviso não serviu de nada e, aos quatro minutos, Van de Vaart bateu Jens Lehmann com um grande remate de fora da área, assinando o seu segundo golo em outros tantos jogos na prova. A equipa inglesa demorou a encontrar a fórmula para ultrapassar o forte meio-campo alemão, mas quando o fez foi com muito perigo. Depois de combinar bem com Cesc Fabregas, Aleksandr Hleb rematou à barra da baliza, e o médio espanhol serviu depois Henry, mas o avançado francês desperdiçou um golo quase feito.
Perigo no contra-ataque
Os "gunners", que não puderam contar com o médio defensivo Gilberto Silva, pareciam vulneráveis ao contra-ataque germânico e uma perda de bola de Mathieu Flamini permitiu um lance rápido a Mehdi Mahdavikia, mas o remate não levou perigo de maior. O Arsenal terminou a primeira parte a exercer uma enorme pressão, com Philippe Senderos, que ocupou a vaga do lesionado William Gallas, e Van Persie a verem remates seus serem desviados no último momento.
Mudança táctica
Wenger procedeu a uma alteração táctica ao intervalo, com Van Persie e juntar-se a Henry na frente de ataque e Fredrik Ljungberg a actuar mais sobre a esquerda. O sueco entrou de imediato em jogo, ganhando um livre perigoso que Henry desperdiçou. A equipa da casa mostrava-se mais perigosa em 4-4-2 e chegou ao empate quando estavam decorridos 52 minutos, com Van Persie a dar o melhor seguimento um passe de Fabregas. Os adeptos ingleses ainda faziam a festa quando o capitão Henry viu um cartão amarelo por falta sobre Joris Mathijsen, que o impede de defrontar o FC Porto.
Oportunidades perdidasO Hamburgo não parecia satisfeito com o empate e o seu técnico, Thomas Doll, lançou o avançado Danijel Ljuboja a meio da segunda parte, com Wenger a responder com a entrada de Emmanuel Adebayor e Walcott. Contudo, foi Henry quem esteve perto do golo, mas o avançado permitiu a defesa de Wächter, após uma assistência de Hleb. Fabregas ainda testou os ferros da baliza germânica, mas Eboué e Baptista impediram que a noite fosse de tristeza para os adeptos da casa.

  • 6ª Jornada - antevisão

FC Porto-Arsenal
FC Porto e Arsenal FC partem para o jogo da derradeira jornada do Grupo G, no Estádio do Dragão, empatados com dez pontos e, caso a partida termine igualada, ambas as equipas poderão festejar a qualificação para os oitavos-de-final. Um empate qualificará as duas formações, mesmo que o PFC CSKA Moskva, que começará a ronda com dois pontos de desvantagem, vença o seu jogo no terreno do Hamburger SV.
No caso de as três equipas terminarem com 11 pontos, a melhor diferença de golos nos jogos envolvendo as formações em causa dará o triunfo no grupo ao Arsenal, ficando o FC Porto em segundo lugar e o CSKA no terceiro posto, transitando para a Taça UEFA. Uma vitória de uma das equipas no jogo do Estádio do Dragão levará ao afastamento do adversário, caso o CSKA vença frente ao Hamburgo.
A tendência do grupo mudou consideravelmente com a vitória do FC Porto no Lokomotiv Stadium, frente ao CSKA. Golos em cada parte de Ricardo Quaresma e do capitão Lucho González infligiram a primeira derrota da campanha aos moscovitas, ao mesmo tempo que relançaram a campanha dos campeões portugueses.
Após começar a campanha com um empate sem golos e uma derrota em Londres, a equipa de Jesualdo Ferreira alcançou três vitórias consecutivas e, caso consiga a quarta, vencerá o grupo e recuperará do desaire da época passada, em que não passou da fase de grupos, por ter ficado no último lugar, com apenas uma vitória (frente ao FC Internazionale Milano) e dois empates em seis jogos.
Marco para Henry
O jogo da segunda jornada entre as duas equipas, em Ashburton Grove, que foi o primeiro do Arsenal na sua nova casa para a fase de grupos da principal prova de clubes, foi ganho pelos “gunners”, que se adiantaram no marcador aos 38 minutos, através do 50º golo de Thierry Henry nas competições europeias. Henry, depois, fez a assistência para Aleksandr Hleb marcar o segundo tento. Contudo, um cartão amarelo há duas semanas impedirá o capitão do Arsenal de jogar em Portugal.
O FC Porto, duas vezes campeão europeu, também pode moralizar-se pelo seu registo de jogos frente a formações inglesas. Em casa, os “dragões” não perdem há sete encontros frente a equipas de Inglaterra, tendo vencido quatro partidas e empatado três. Os dois derradeiros encontros possibilitaram vitórias por 2-1, frente ao Manchester United FC, na primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Champions League de 2003/04, numa campanha que só terminou com o triunfo na final de Gelsenkirchen. No ano seguinte, o FC Porto recebeu o Chelsea FC, já dirigido por José Mourinho, e venceu por 2-1, em jogo da fase de grupos.
Drama no final
Durante boa parte do encontro da quinta jornada, o Arsenal passou por grandes dificuldades para anular a vantagem que o Hamburgo conseguiu nos instantes iniciais, o que deixaria os pupilos de Arsène Wenger em má posição na discussão da qualificação. O holandês Robin van Persie (52) empatou o marcador entretanto inaugurado pelo compatriota Rafael van der Vaart, mas só nos derradeiros sete minutos Emmanuel Eboué e Júlio Baptista deram a vitória aos “gunners”.
O Arsenal apenas cumprira uma eliminatória das competições europeias anteriormente frente a uma equipa portuguesa. Aconteceu na segunda eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1991/92, quando empatou 1-1, no Estádio do Luz, frente ao Benfica, que, por seu turno, venceria em Highbury, por 3-1.

Hamburo-CSKA
Hamburgo quer adeus feliz
O único objectivo que resta ao Hamburger SV é tentar conquistar os primeiros pontos nesta segunda participação na UEFA Champions League. Na quarta jornada, os alemães ficaram relegados para o último lugar do Grupo G, pelo que o único interesse deste jogo é saber se o PFC CSKA Moskva consegue recuperar do desaire frente ao FC Porto e conquistar os pontos que garantam aos russos, pela primeira vez, a passagem à fase seguinte.
À entrada para a penúltima jornada, o CSKA estava numa posição privilegiada, com um ponto de vantagem sobre o Arsenal FC e o FC Porto. Mas a derrota, por 2-0, imposta pelos "dragões" no Lokomotiv Stadium pode ter sido fatal para as aspirações russas. Mesmo que vença na Arena Hamburg, o CSKA pode ser relegado para a Taça UEFA. Basta, para tal, que FC Porto e Arsenal empatem no outro encontro do grupo.
No caso de as três equipas terminarem empatadas com 11 pontos (e com cinco pontos conquistados nos jogos entre si), a diferença de golos marcados nos jogos entre portugueses, russos e ingleses colocaria o Arsenal no primeiro lugar e o FC Porto em segundo. A turma de Valeri Gazzaev é obrigada a vencer na Alemanha e tem de esperar que o jogo do Estádio do Dragão não termine empatado.
Na época 2004/05 o FC Porto levou a melhor sobre o CSKA na luta directa por um lugar na ronda seguinte e, a 21 de Novembro, a equipa portuguesa conseguiu um resultado que lhe pode permitir repetir esta façanha. Os "azuis-e-brancos" foram vencer a Moscovo com golos de Ricardo Quaresma, na primeira parte, e do capitão Lucho González na etapa complementar. O FC Porto conseguiu a terceira vitória consecutiva numa noite em que o CSKA sofreu a primeira derrota.
Golos tardios
Em Londres, o Hamburgo ainda sonhou com a surpresa, pois esteve a vencer desde muito cedo, com um golo de Rafael van der Vaart, que marcou pela segunda vez em dois jogos. No entanto, os alemães não evitaram sofrer a quinta derrota consecutiva. Após Robin van Persie ter empatado aos 52 minutos, as aspirações da equipa de Thomas Doll caíram definitivamente por terra quando Emmanuel Eboué e Júlio Baptista fizeram o resultado final de 3-1 nos últimos sete minutos.
O Hamburgo conseguiu marcar mais golos do que o CSKA. Os alemães têm quatro e os russos apenas dois, mas a fraca produção ofensiva dos campeões russos não é um impedimento à sua continuidade em prova. Na história há exemplos de equipas que ultrapassaram a fase de grupos sem marcarem muitos golos. O Villarreal CF, na época passada, e a AS Roma, em 2002/03, apontaram apenas três tentos, sendo que a equipa espanhola conseguiu mesmo chegar até às meias-finais.
Subida de forma
Após ter sido derrotado pelo Arsenal na jornada de abertura, o Hamburgo viajou até Moscovo em busca de um resultado mais positivo. O único golo deste embate da segunda jornada foi marcado por Dudu, aos 59 minutos, e permitiu ao CSKA conseguir a segunda vitória em jogos em casa a contar para a UEFA Champions League. Nas duas participações anteriores, os russos tinham conseguido apenas um triunfo em seis encontros disputados em Moscovo.
Este foi o primeiro desafio entre os dois clubes nas competições europeias e assinalou também a estreia do CSKA frente a um adversário alemão. O Hamburgo já tinha defrontado uma equipa russa. Na segunda eliminatória da Taça UEFA de 1996/97, sob a liderança de Felix Magath, o actual treinador do FC Bayern München, os alemães eliminaram o FC Spartak Moskva, com 3-0 em Hamburgo e uma igualdade a dois na capital russa.
O Hamburgo está a tentar evitar tornar-se no segundo clube alemão a não conseguir qualquer ponto na UEFA Champions League, uma situação humilhante que aconteceu ao Bayer 04 Leverkusen na segunda fase de grupos da época 2002/03. Na história da prova, as únicas cinco equipas que terminaram a fase de grupos sem pontuar foram o SK Rapid Wien (05/06), o RSC Anderlecht (04/05), o FC Spartak Moskva (02/03), o Fenerbahçe SK (01/02) e o 1. FC Košice (97/98).

  • 6ª Jornada-resultados:

FC Porto-Arsenal, 0-0
Mais do que merecido
O FC Porto garantiu esta quarta-feira o apuramento para os oitavos-de-final da UEFA Champions League, ao empatar a zero com o Arsenal FC no Estádio do Dragão, em partida relativa à última jornada do Grupo G. Apesar de a igualdade ser sinónimo de sucesso para as duas equipas, os "dragões" tudo fizeram para somarem os três pontos e, assim, chegarem ao primeiro lugar do agrupamento. Contudo, a sorte do jogo não esteve do lado portista. Que o diga Ricardo Quaresma, o Melhor em Campo para os Adeptos, que acertou por duas vezes no mesmo poste.
Arsenal cauteloso
Jesualdo Ferreira apresentou o "onze" já esperado, promovendo o regresso de Fucile e Paulo Assunção, eles que haviam falhado o último jogo da Liga portuguesa. Contrariando um pouco a ideia que fez passar na antevisão da partida, o técnico do Arsenal, Arsène Wenger, alinhou pelo seguro e deixou no banco de suplentes o talentoso internacional holandês Robin van Persie, preferindo apostar numa maior solidez a meio-campo com a inclusão de Flamini.
Jogo de nervos
Num Estádio do Dragão impregnado de um misto de ansiedade e entusiasmo, o FC Porto entrou determinado a assumir as rédeas do encontro. No entanto, a equipa visitante cedou revelou toda a sua mestria na zona nevrálgica do terreno, cortando as linhas de passe e obrigando várias vezes o adversário a optar por inconsequentes lançamentos em profundidade. Mas se o FC Porto denotava dificuldades para construir lances, então o que dizer do Arsenal? Pouco mais do que uma nulidade...
Ligeiro ascendente
O equilíbrio e o nervosismo eram de tal ordem que o primeiro remate a uma das balizas surgiu apenas aos 23 minutos, obra de Hélder Postiga. No entanto, esse lance assinalou o início de um período de maior ascendente "azul-e-branco", com Ricardo Quaresma e Lisandro López a provocarem alguns sobressaltos no último reduto dos "gunners". Pressentindo o perigo e liderados pelo cerebral Cesc Fabregas, os londrinos trataram de colocar um travão no assomo portista e apenas permitiram mais uma veleidade ao adversário até ao intervalo, quando, aos 41 minutos, Paulo Assunção desferiu um potente remate de fora da área que passou muito perto do poste.
Ao poste!
Quem esperava uma segunda parte a papel químico dos primeiros 45 minutos ficou, certamente, siderado com o regresso de rompante do FC Porto. Estavam decorridos apenas quatro minutos quando Lucho González deu início à melhor jogada do encontro até então. O internacional argentino desmarcou o seu compatriota Lisandro na direita, com o avançado a ir à linha, antes de cruzar atrasado para o remate de pé direito de Quaresma. Lehmann ainda se esticou todo para a sua direita, mas foi o poste a devolver o disparo do extremo.
Azar a mais
Sempre em crescendo e perante um Arsenal cada vez mais retraído, o FC Porto partiu decididamente em busca do golo e do primeiro lugar do grupo. No entanto, a sorte do jogo bafejou novamente os visitantes aos 57 minutos, quando Quaresma voltou a acertar no mesmo poste, na sequência de um brilhante lance individual. A única equipa sem medo de perder, o FC Porto justificava já a vantagem no marcador, mas o suspense fez questão de se manter no Dragão.
Tempo de reflectir
Nas raras ocasiões em que tinha algum tempo de posse de bola, o Arsenal parecia mais preocupado em fazer avançar o cronómetro do que propriamente em acercar-se com perigo da baliza à guarda de Helton. No entanto, e à medida que o final da partida se ia aproximando, o fantasma da eliminação foi prevalecendo no relvado, até porque o PFC CSKA Moskva esteve a vencer durante muito tempo na Alemanha (acabou por perder com o Hamburger SV por 3-2). O tão falado empate era agora mais do que nunca uma agradável realidade.
À espera de um adversárioGarantido o tão desejado apuramento na condição de segundo classificado (ainda que com os mesmos pontos do Arsenal), o FC Porto prepara-se agora para conhecer o seu adversário nos oitavos-de-final, sendo que o sorteio terá lugar no dia 15 de Dezembro, em Nyon, na Suíça. Os "dragões" sabem apenas que irão medir forças com um dos primeiros classificados da fase de grupos. Como disse Quaresma antes deste jogo, "tudo é possível".

Hamburgo-CSKA, 3-2
Consolação tardia
O suplente Boubacar Sanongo marcou o golo da vitória do Hamburger SV em cima do apito final, isto após os alemães terem estado por duas vezes em desvantagem no marcador, acabando por vencer por 3-2 e conquistar assim os seus primeiros pontos nesta edição da UEFA Champions League. Desta forma, as já de si ténues esperanças que o PFC CSKA Moskva tinha de se classificar para a fase seguinte caíram por terra na Alemanha.
Substituição decisiva
A perder por 2-1 a sete minutos do final do jogo, o treinador do Hamburgo, Thomas Doll, colocou Sanongo em campo, uma decisão que se viria a revelar acertada. Rafael van der Vaart empatou pouco depois, e já no período de descontos coube ao holandês lançar o avançado costa-marfinense que, perante Igor Akinfeev, não perdoou. A necessitar de uma vitória para manter a esperança de seguir em frente na prova, a equipa russa parecia bem encaminhada quando Yuri Zhirkov repôs a vantagem no marcador pouco depois de completa uma hora de jogo, mas Sanongo pôs fim aos sonhos russos.
Revés
Os visitantes não puderam contar com o seu capitão, Sergei Ignashevich, afastado por lesão, para além dos avançados Vágner Love e Elvir Rahimić por castigo, e quando o médio brasileiro Dudu teve de abandonar o terreno lesionado passaram a restar poucas opções a Valeri Gazzaev. O técnico optou então pela entrada de Anton Grigoryev, mas o incidente ajudou o Hamburgo a tomar a iniciativa do jogo, tendo Piotr Trochowski obrigado o guardião Igor Akinfeev a duas defesas apertadas, com remates de meia-distância.
Olić converte penalty
Com Thimothée Atouba, que seria mais tarde expulso do banco de suplentes, a criar várias situações de perigo a partir do flanco esquerdo, os homens de Doll continuavam a pressionar o CSKA, mas o impacto do camaronês em termos defensivos foi bem diferente. Com Miloš Krasić a penetrar pela direita, Atouba calculou mal o desarme e acabou por cometer grande penalidade, a meio da primeira parte, convertida pelo internacional croata Ivica Olić, que assim deu assim vantagem ao CSKA.
Berisha empata
Danijel Ljuboja quase respondia de imediato, através de um livre directo que obrigou Akinfeev a brilhar entre os postes, mas o Hamburgo não teria de esperar muito mais pelo empate. O inevitável Atouba esteve envolvido na jogada, fazendo a bola seguir para o segundo poste, após canto de Piotr Trochowski, surgindo depois o avançado albanês Berisha, que assim assinalou com um golo a estreia na UEFA Champions League.
Pressão do Hamburgo
Van der Vaart quase completava a reviravolta no marcador antes do intervalo, após boa jogada de entendimento com Trochowski, mas o médio holandês não conseguiu bater Akinfeev. O Hamburgo não começou a época da melhor maneira, mas abordou a segunda parte com confiança renovada, partindo em busca do segundo golo, tendo o jovem Alexander Laas, de 22 anos, no comando das operações a meio-campo.
Zhirkov certeiroO irrequieto Trochowski e Van der Vaart mostravam-se ameaçadores no ataque e o segundo falhou por pouco o alvo na marcação de um livre. O CSKA estava remetido à sua defesa, mas quando o golo do Hamburgo parecia mais provável, os visitantes marcaram em contra-ataque. Zhirkov avançou sem oposição no meio-campo adversário e entrou na grande área, ultrapassou Atouba e colocou calmamente a bola por entre as pernas de Stefan Wächter. Com o segundo tento dos russos, o jogo parecia decidido, ate que Van der Vaart despoletou a inesperada reviravolta que valeu ao Hamburgo os seus únicos pontos na prova. O CSKA terá agora de se consolar com um lugar na Taça UEFA.

  • Classificação:
    1ºArsenal 11 Pts
    2ºFC Porto 11 Pts
    3ºCSKA 8 Pts
    4ºHamburgo 3 Pts