segunda-feira, junho 30, 2008

O primeiro «Senhor 100»

FERNANDO COUTO 1969-…

Nome: Fernando Manuel Silva Couto
Data de nascimento: 2-8-1969
Naturalidade: Espinho
Posição: defesa central
Clubes principais: FC Porto, Parma, Barcelona e Lázio
Jogos pela Selecção Nacional: 110/7 golos
Estreia: 19-12-1990, na Maia, frente aos Estados Unidos (1-0)
Último jogo: 30-6-2004, em Lisboa, frente à Holanda (2-1)

Primeiro jogador português a entrar no restrito clube mundial dos que somam mais de 100 «internacionalizações», Fernando Couto é, seguramente, uma das figuras mais marcantes da história do futebol em Portugal. Campeão do Mundo de sub-20 em 1989, rapidamente ganhou lugar no centro da defesa do FC Porto, depois de ter andado emprestado por Famalicão e Académica. Tranquilo e tímido fora dos relvados, transformava-se por completo quando calçava as chuteiras. Então era um defesa duro e assustador, exibindo os seus cabelos longos tombados pelos ombros e que fizeram a sua imagem de marca. Nesses primeiros tempos, Fernando Couto seria criticado, em alguns casos justamente, por ter repentes de violência. A experiência acalmou-o. Percebeu que não precisava disso para se transformar num dos melhores centrais do Mundo.

Em 1994 Fernando Couto rumou ao «calcio». No Parma teve uma época extraordinária e outra menos boa. Seguiu para Barcelona, voltou para Itália, onde se instalou na Lázio por sete anos, antes de regressar ao Parma. Somou títulos atrás de títulos: campeão nacional por 3 vezes, vencedor da Taça de Portugal por 2, campeão de Itália, campeão de Espanha, vencedor da Taça de Itália, vencedor da Taça de Espanha, vencedor de várias supertaças em Portugal, Itália e Espanha, vencedor da Taça UEFA, vencedor da Taça das Taças…A lista parece interminável.

Líder natural, Fernando Couto foi sempre um jogador universal. No Euro 96, já era ele que comandava a defesa de Portugal, chegando mesmo a marcar um golo decisivo na fase de grupos, face à Turquia. No Euro 2000 formou com Jorge Costa a que foi considerada melhor dupla de centrais da Europa. No Mundial de 2002 continuava de pedra e cal como chefe do quarteto defensivo lusitano e só em 2004, no Euro realizado em Portugal, perdeu a titularidade. Jogaria ainda os minutos finais da meia-final contra a Holanda, em Alvalade, lutando com o seu estilo imperial para ajudar a defender a vantagem que garantia um lugar na final e manteve-se sempre disponível para ser chamado quando fosse necessário.