quinta-feira, outubro 07, 2010

André Villas-Boas é um fenómeno «raro». É esse o ponto de partida para um artigo do «Wall Street Journal» que traça um perfil do treinador do F.C. Porto, com referências que vão até à saga cinematográfica «Guerra das Estrelas». Onde Villas-Boas é Luke Skywalker, o jovem Jedi que bebeu os ensinamentos do mestre Yoda. José Mourinho, pois.

O artigo, publicado antes do jogo de Guimarães, começa por constatar que são raros os treinadores que chegam novos a um grande clube. E os que chegam ao topo sem terem sido jogadores de destaque, e os que atingem «empregos de topo com pouca ou nenhuma experiência como treinador principal, como José Mourinho quando assumiu o Benfica».

Villas-Boas, constata o WSJ, acumula tudo isso: «Mais raro ainda é um tipo como o treinador do F.C. Porto, André Villas-Boas, que encaixa em todas estas categorias e, se a sua ascensão continuar, pode representar uma mudança na forma como os clubes recrutam treinadores.»

Gabriele Marcotti, autor do artigo, historia depois o percurso de Villas-Boas, lembrando que tem 33 anos e tinha apenas 23 jogos no banco quando o F.C. Porto o contratou. Conta como chegou «adolescente» ao departamento de observação do F.C. Porto e fala da sua «habilidade para produzir relatórios que os jogadores podiam compreender facilmente». E como, quando chegou, Mourinho, «o colocou sob a sua asa».

As referências cinematográficas vêm a seguir. E incluem não só a «Guerra das Estrelas», mas também as personagens de vilões da sátira «Austin Powers»: «Mas ele (Villas-Boas) irrita-se com os que o consideram o Luke Skywalker do Yoda Mourinho. Ou, entre os seus detractores, o Mini Me do auto-denominado «Special One» Dr. Evil.»